A chamada festa da democracia, representada pelo sagrado dia da eleição, quando de fato todos os cidadãos tem a mesma importância graças ao direito de votar de acordo com seus valores, suas consciências e até mesmo seus interesses, muitas vezes é maculada pelo comportamento inadequado de políticos, cabos eleitorais e, principalmente, correligionários interessados em cargos e vantagens.
O poder econômico usado para conquistar votos dos eleitores que se vendem, somado à sujeira que faz nas ruas e ao mau uso das redes sociais, são os aspectos negativos que se repetem em todos os pleitos.
Muitos que se dispõem a oferecer seus nomes como alternativas de poder, seja no executivo ou no legislativo, e que necessariamente deveriam oferecer lições de civilidade, conhecimento, respeito e valores, são os primeiros a usar de subterfúgios e adotar medidas impróprias em suas campanhas.
As denúncias recorrentes de gastos elevados de candidatos que fazem uso do “caixa-dois” para garantir apoio, daqueles que se transformam em agentes de serviços públicos, atuando como despachantes informais de processos de aposentadoria ou de inclusão em programas de transferência de renda ou de benefícios sociais, são alguns dos péssimos exemplos.
“…eleitores que se vendem, somado à sujeira que faz nas ruas e ao mau uso das redes sociais…”
As seguidas campanhas sem fiscalização, sem controle e sem qualquer punição transforma a política em atividade de pouco valor, exercida por aqueles que não usam de princípios éticos e ignoram as leis, o que afasta cada vez mais os que cumprem as normas.
Em vez de eleger apenas as pessoas comprometidas com a opinião livre e sincera do eleitor, aqueles que têm capacidade para exercer os cargos e possuem valores morais a oferecer, o que se constata é a ocupação de cargos por algumas figuras conhecidas pelas piores práticas.
Outro aspecto a se considerar como negativo no chamado “exercício da democracia” é o uso das redes sociais para propagandear mentiras, acusações torpes e desinformação, levando o eleitor a cometer graves erros ao confundir sua capacidade de julgamento e de discernimento.
Pessoas com formação superior, os ditos letrados, que desejam espaço junto a possíveis novas administrações, se transformam em párias da democracia ao transformar as campanhas em guerras de acusações, de ofensas e de exercício continuado da ignorância, oferecendo os piores exemplos para as futuras gerações de eleitores que se deparam com o saldo eleitoral negativo.
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