A falta d’água virou uma rotina dura e extremamente desagradável, jamais vista em Ourinhos em toda a sua história, de mais de 101 anos.
Comerciantes e empresários, de todos os ramos de atuação, sem nenhuma solução, são obrigados a solicitar o socorro de caminhões-pipa, que nesta semana precisou abastecer até mesmo o prédio da Prefeitura, que ficou sem uma gota de água.
Na noite de hoje (29) circula um vídeo na página “Jornal Biz” de um caminhão da SAE (Superintendência de Água e Esgoto de Ourinhos) socorrendo uma pizzaria, na Avenida Antônio de Almeida Leite, no Jardim Paulista, área nobre da cidade. No vídeo comenta-se a fala do prefeito Lucas Pocay (PSD), que desqualificou o candidato da oposição Robson Sanches (Patriota), que falou da possibilidade de utilizar os caminhões-pipa como um paliativo para solucionar o desabastecimento de água na cidade. Mas o prefeito que desdenhou da ideia, não só quer comprar, como já se utiliza dos mesmos caminhões-pipa de forma extremamente deliberada, sem nenhum constrangimento.
Hoje o Passando a Régua recebeu a ligação de diversos empresários, entre eles donos de petshop, restaurantes, salão de beleza e barbearias, sem uma gota de água nas torneiras.
A situação está insustentável, não se pode aceitar, tantos aumentos absurdos de imposto e taxas e o empresário ourinhense ainda tendo que se humilhar, alugando caminhões-pipa para poder trabalhar.
A promessa é que quando a nova ETA (Estação de Tratamento de Água) estiver pronta, tudo será diferente. Será? Não foi este o diagnóstico feito pelo MP (Ministério Público), que disse; o problema não está na captação e nem o tratamento de água, estão nos vazamentos, pois mais de 60% da água é perdida após ganhar as tubulações. Mas não tem nenhum projeto para mudar isso, somente batem na mesma tecla “nova ETA”, “nova ETA”…. como se fosse um mantra.
Essa tal nova ETA tem previsão de ser entregue em seis meses e, enquanto isso, vamos nos contentar com a maquiagem e com os caminhões-pipa. Porque Ourinhos é hoje o Sertão Nordestino, em pleno sul de São Paulo, cercado por três rios e muita incompetência.
FONTE: Passando a Régua