O homem preso suspeito de ser um “serial killer” de animais utilizava as redes sociais para adotar os cães e gatos que seriam vítimas de torturas e agressões. A prisão dele ocorreu na sexta-feira (20/12), em Itapetininga (SP).
Segundo o Setor de Proteção Animal (Sepa) da Polícia Civil, as investigações apontaram que o suspeito atuava na região da Vila Célia. Ele submetia os animais a atos de extrema crueldade, como espancamentos, envenenamentos e amordaçamentos, que resultavam em mortes dolorosas.
De acordo com a Polícia Civil, o homem além de adotar cães e gatos pela internet o suspeito também capturava animais na região onde morava.
Além do mandado de prisão preventiva, a Justiça autorizou a busca e apreensão na casa do homem, e a quebra de sigilos telefônicos e telemáticos dele.
Polícia Civil prende ‘serial killer de animais’ em Itapetininga — Foto: Polícia Civil de Itapetininga/Divulgação
Corpos de animais foram encontrados em diversos locais próximos à residência do suspeito, incluindo a casa vizinha, um estábulo abandonado e o lago de um condomínio no bairro.
Entre os casos mais chocantes, estão o resgate de uma cadela com as patas quebradas, que morreu dias após os maus-tratos, e o de um filhote encontrado amordaçado e com as patas amarradas, no mês de abril. Ambos os casos ocorreram em locais que indicam proximidade direta com o suspeito, segundo o Sepa.
Durante a busca na casa do suspeito, os policiais apreenderam materiais que podem comprovar os crimes, como dispositivos eletrônicos, substâncias tóxicas e outros itens que eram utilizados nos atos criminosos.
A delegada responsável pelo caso, Júlia Nunes Machado, destacou a gravidade dos atos: “A violência praticada contra os animais foi marcada por requintes de crueldade e representa um risco potencial à segurança pública. Muitos estudos mostram a correlação entre crimes contra animais e atos violentos contra pessoas”.
A Polícia Civil reforça a importância da denúncia de crimes contra animais, que pode ser feita anonimamente.
Fonte: g1