O servente de pedreiro Jeferson Luiz da Costa, de 41 anos, foi condenado a 12 anos de prisão por feminicídio praticado há um ano no Jardim Paulista, em Palmital. Após briga na casa de amigos, ele degolou a companheira Cristiane Hidalgo Pinheiro, de 41 anos, e foi preso depois de receber atendimento no Pronto-Socorro Municipal por ter tentado suicídio. O réu foi submetido ao júri popular no Fórum da Comarca, em sessão realizada no dia 12 de março, e foi mantido preso para iniciar o cumprimento da pena.
Conforme informações obtidas no site do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) após o julgamento, o conselho de sentença acolheu a tese do Ministério Público que acusou Jeferson de ter praticado feminicídio contra Cristiane, que foi morta com corte no pescoço causado por um canivete. De acordo com a decisão judicial, o homicídio duplamente qualificado foi praticado com emprego de meio cruel e cometido em razões da condição do sexo feminino da vítima.
O juiz responsável pelo julgamento fez a dosimetria da pena ao considerar as atenuantes de primariedade e a falta de antecedentes do réu, bem como as situações agravantes do crime. Com isto, fixou a penalidade em 12 anos de reclusão. O magistrado também negou a Jeferson o direito de recorrer em liberdade e determinou que ele fosse mantido em regime fechado devido fato de gravidade do delito e da necessidade de mantê-lo encarcerado para garantir a ordem pública, pois o crime teve grande repercussão na sociedade local.
CRIME
Jeferson cometeu o crime no dia 16 de março, quando usou canivete para cortar a garganta de Cristiane durante confraternização na residência de amigos, no final da Rua Laudelino Baptista da Rocha, no acesso ao antigo recinto da Fapip. Após o crime, o servente de pedreiro tentou suicídio ao cortar o próprio pescoço, mas causou apenas lesões superficiais e foi preso pela PM quando tentava fugir, sendo autuado na Delegacia de Palmital.
O casal teria discutido durante a festa e Jeferson saiu da casa, mas voltou em seguida para retomar a briga. O servente desferiu uma canivetada no pescoço na mulher, que caiu ao chão. Em seguida, teria levantado o queixo e feito a degola com um corte profundo de canivete de um lado a outro da região da garganta. Durante a investigação, a Polícia Civil apurou que o acusado fazia ameaças e a praticava agressões contra a mulher, que não chegou a denunciar a violência doméstica.