Quase todos com mais de 50 anos se lembram das profecias, ou da sabedoria, dos antepassados que, com recorrência, afirmavam que o mundo que havia acabado em água, iria acabar em fogo, em alusão ao imaginário do catolicismo baseado nas citações bíblicas do dilúvio, quanto aos 40 dias de chuvas, e do livro do Apocalipse, sobre as tormentas que chegarão com o fogo.
Ironicamente, hoje o mundo experimenta o caos causado pelas enchentes, como as verificadas no ano passado no Rio Grande do Sul, e também os efeitos do calor que traz o fogo, com os incêndios havidos na Europa e nos Estados Unidos e, com mais frequência, no Norte e Centro Oeste do Brasil.
Ainda que muitos consideram estes sinais do tempo como avisos de Deus, os cientistas e meteorologistas provam que são apenas os efeitos da atividade humana sobre os recursos naturais, que são as verdadeiras obras de Deus.
Entretanto, é sempre bom lembrar que as tragédias causadas pelas águas e pelo fogo não são castigos de Deus, como muitos atribuem, mas sim o resultado de um modelo de exploração fracassado que, como mostram as repetidas tragédias, ameaça a vida das pessoas, dos animais e da vegetação e, consequentemente, a vida na Terra.
“…o fim do mundo não será por obra ou castigo de Deus, mas sim pelo erros e pela arrogância dos humanos…”
A exploração inconsequente dos recursos naturais, que são bens comuns e necessários à preservação de todos os seres vivos, é a causa principal do desequilíbrio ambiental acelerado que traz o aquecimento e faz aumentar o volume de chuvas em curto espaço de tempo, criando o perigoso calor com muita umidade.
E, diante das drásticas mudanças do clima, sem a infraestrutura necessária para os novos desafios, as tragédias se sucedem e se avolumam em intensidade e pelos estragos que levam a enormes prejuízos materiais e humanos, como se constata a cada ano em todas as regiões do mundo.
Observando os fatos de forma racional e consciente, presume-se que o fim do mundo não será por obra ou castigo de Deus, mas sim pelo erros e pela arrogância dos humanos que se sentem donos, se apropriam e eliminam os bens naturais do Planeta em nome do desenvolvimento material que está levando à destruição sua própria moradia.
Portanto, a sabedoria dos antigos, baseada nas chamadas escrituras sagradas, está se concretizando rapidamente, sem que os principais interessados, que são os residentes do Planeta, percebam que são eles os únicos responsáveis pelos cada vez mais claros sinais do fim do mundo.
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