O Sindicato Rural de Palmital, em parceria com a Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), realiza na manhã da próxima segunda o Encontro de Lideranças em comemoração ao Dia do Agricultor (28 de julho). O evento, previsto para ocorrer no auditório da entidade, deve reunir produtores, autoridades, lideranças rurais e representantes de cooperativas, instituições financeiras e empresas que atuam no setor agrícola.
Comandada pelo presidente Gilberto Frandsen, acompanhado de diretores, a cerimônia ocorre a partir das 8 horas e deverá contar com discursos de representantes do Sindicato Rural, de autoridades, convidados e parceiros para destacar o trabalho realizado pelos agricultores e valorizar a categoria que contribui com o desenvolvimento da economia municipal, regional e nacional. Também está previsto momento de fé para as bençãos e agradecimentos pelas conquistas.
O evento, realizado pela entidade desde a década de 1990, será finalizado com o sorteio de brindes doados por patrocinadores e confraternização. O Dia do Agricultor foi criado na década de 1960 pelo então presidente Juscelino Kubitschek para lembrar a criação do Ministério da Agricultura, instituído em 1860 por Dom Pedro II.
MUNICÍPIO AGRO – O desenvolvimento econômico e social de Palmital está diretamente ligado ao desempenho do setor agrícola, que é importante gerador de riqueza. A atividade rural ocupa cerca de três quartos da área total do município e está presente desde o período de colonização da região, na segunda metade do século XIX, durante o movimento denominado “Frente de Expansão”.
A partir de 1913, com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro Sorocabana, houve incentivo ao desenvolvimento da cafeicultura. Como sede de município autônomo, a partir de 1920, Palmital se tornou importante centro comercial na região pela movimentação gerada pelo “ouro verde”. Até a década de 1940, trabalhadores de diversas partes do país, incluindo muitos imigrantes de origem italiana e hispânica, chegaram à região em busca de terras para o cultivo do café.
A fertilidade do solo, os incentivos dos governos, uma ferrovia em pleno funcionamento e a um vilarejo urbanizado foram os principais motivos que atraíram os pioneiros a Palmital. Em meados do século passado, quando houve o desgaste do solo e fatores climáticos adversos que causaram grandes prejuízos aos agricultores, a produção cafeeira entrou em declínio. Em 18 de junho de 1975, a “geada negra” pôs fim ao ciclo econômico ao dizimar os cafezais do município.
Desde então, produtores passaram a priorizar processos de cultivo mecanizados para plantio da soja, milho e trigo, gerando outras fontes de riqueza e desenvolvimento também no meio urbano. O setor, que ainda é um dos principais em Palmital, adotou modernos equipamentos para aumento da produção e redução de danos ambientais na agricultura, incluído o sistema de Plantio Direto.
Outra fonte importante de riqueza que ganhou espaço foi a cultura da cana-de-açúcar para abastecer destilarias e usinas da região, principalmente pela demanda de açúcar e fontes renováveis de energia. Palmital também abriga indústrias para a produção de amidos e açúcares a partir do processamento de mandioca e de milho, criações de animais e empresas voltadas ao aproveitamento da banana e do amendoim.