A lancha em que estava a família de Michel Leite Neves e Marisa Elaine Barro Gomes foi atingida pelo desabamento da pedra que matou 10 pessoas no Lago de Furnas, em Capitólio (MG), no dia 8 de janeiro deste ano.
Há pouco mais de um mês, o passeio da família do turista de Jaú (SP), Michel Leite Neves, de 31 anos, virou um pesadelo. A lancha onde estava foi atingida pelo deslizamento de pedra que matou 10 pessoas no Lago de Furnas, em Capitólio (MG). O caso ocorreu em 8 de janeiro deste ano.
“Um trauma para o resto da vida”. É assim que o morador do interior de SP definiu a tragédia em entrevista ao g1. Segundo ele, ainda tenta seguir a vida, os planos e a rotina. Porém, mesmo dias depois, o assunto é pauta nas reuniões da família.
“As coisas foram se encaixando, fica o susto, mas a vida segue, estamos bem e temos que agradecer que estamos vivos. Mas, é um assunto que não conseguimos esquecer, sempre que nos reunimos é esse assunto que surge”, diz.
A sogra de Michel, Marisa Marisa Elaine Barro Gomes, de 56 anos, precisou passar por duas cirurgias, já que teve uma fratura exposta no cotovelo. Ela está fazendo fisioterapia e pilates no intuito de retomar os movimentos do braço direito.
“Após o acidente, ficamos muito assustados e traumatizados. Qualquer barulho que escutamos, ficamos com muito medo, até quando estacionamos o carro embaixo de árvores, pensamos que pode cair”, contou.
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Ainda segundo Marisa, o dia 8 de janeiro de 22 ficará marcado na história da família não somente por conta da tragédia, mas, sim, pela segunda chance de viver. Após o ocorrido, a sobrevivente lembra que passou a valorizar mais os momentos e as pessoas que ama.
“Será uma data que apesar de toda tragédia, vamos celebrar a vida porque Deus nos deu livramento da morte, nesse dia aconteceu um verdadeiro milagre na minha vida e da minha família. Passamos a valorizar ainda mais nossas vidas, procurar estar perto das pessoas que amamos”, relembra.
Acidente
Ao todo, 10 pessoas morreram após na tragédia no Lago de Furnas, em Capitólio, no dia 8 de janeiro, às 12h30. Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, 27 pessoas ficaram feridas.
Ainda não se sabe as possíveis causas da queda do paredão, mas o Ministério Público de Minas Gerais abriu um inquérito para apurar se havia sinalização no lugar do acidente e mapeamento e fiscalização nas áreas de risco.
Após alegar complexidade nas apurações, a Polícia Civil de Minas Gerais solicitou à Justiça no dia 7 de fevereiro mais 30 dias para concluir o inquérito. A Marinha do Brasil também investiga o acidente.
Fonte: g1












