Soja tem expectativa de quebra na produção devido à falta de chuvas em Palmital

A falta de chuvas regulares entre o final de dezembro de 2024 e o início de 2025 está gerando expectativas de grandes perdas nas lavouras de grãos em Palmital. O estresse hídrico causado por quase um mês sem precipitações generalizadas está comprometendo as plantas em um importante período de desenvolvimento vegetativo e irá prejudicar a produtividade da soja no município, conforme estimativas de técnicos que atuam no setor agrícola.

De acordo com o agrônomo Elquiner Bitta Cardozo de Oliveira, gerente da unidade da Coopermota, as lavouras de soja de Palmital e região estão enfrentando um estresse hídrico de quase um mês, pois ele informou que as últimas chuvas generalizadas no município ocorreram em 20 de dezembro do ano passado. Ele destacou que a falta de água no estágio em que estão as plantas, de floração e enchimento de grãos, deverá fazer com que a produção seja menor nesta safra de verão.

Elquiner lembrou que houve chuva no último dia de 2024 em alguns bairros rurais de Palmital, atenuando um pouco a situação. Porém, destacou que há a certeza de perdas nas lavouras. “Contudo, ainda não dá para mensurar de quanto será a quebra nas lavouras”, destacou. Ele informou ainda que, conforme avaliação climática, a expectativa é que os prejuízos sejam menores que na safra passada, quando as temperaturas estiveram mais elevadas no verão.

Plantas precisam de água para concluir o processo de desenvolvimento dos grãos

A situação pode ser atenuada um pouco nesta semana. Conforme estimativa do IPMet, órgão vinculado à Unesp de Bauru, que faz o monitoramento climatológico na região, o tempo deve mudar a partir de quinta-feira (16/01), com aumento de nebulosidade. A sexta-feira (17/01) deve ser chuvosa, com 13,4 milímetros de chuvas entre a tarde e noite. O final de semana deve ter volumes maiores, com 25,7 milímetros no sábado (18/01) e 29,3 milímetros no domingo (19/01). Também há previsão de precipitações para segunda (20/01) e terça-feira (20/01) da próxima semana.

Um vídeo compartilhado pelo agrônomo e agricultor João Victor Modenes mostra a situação de uma lavoura na região da Água dos Aranhas. O produtor lamentou que, apresar de a plantação estar “bem conduzida” e com boa formação devido aos materiais utilizados e tratos culturais, a falta de água está prejudicando o desenvolvimento das plantas. No registro recebido pelo JC, é possível ver que as folhas aparecem murchas e amareladas, indicando os prejuízos causados pelo estresse hídrico.

O agricultor Márcio de Jesus, que tem propriedade na Água do Barreirão e grande experiência na atividade agrícola de cultivo de grãos, estima que a perda das lavouras já pode ser prevista em 20% da produção. Ele acredita que, caso as chuvas se confirmem nos próximos dias, serão evitados maiores prejuízos com a possibilidade da conclusão do ciclo de desenvolvimento das plantas que estão em fase de enchimento de grãos. “Mas ainda tem chão pela frente”, ponderou.

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