Desde o início do ano, o município já registrou 1.639 casos confirmados da doença até esta terça-feira (9), segundo o Governo de SP. Isso corresponde a 14,3% da população da cidade, que é de 11.230 mil habitantes.
Dados da Secretaria de Saúde de São Paulo apontam que Mineiros do Tietê, no centro-oeste paulista, é a cidade do estado com o maior número de casos de dengue proporcionalmente ao número de habitantes.
Desde o início do ano, o município já registrou 1.639 casos confirmados da doença até esta terça-feira (9), segundo o Painel de Monitoramento de Dengue do Estado de São Paulo. Isso corresponde a 14,5% da população da cidade, que é de 11.230 mil habitantes.
A cidade possui uma Unidade de Pronto-atendimento 24h, e os moradores com sintomas são encaminhados para atendimento no local e, em casos mais graves, são encaminhados para o Hospital referência da região, que é a Santa Casa de Jaú (SP).
Quando a Santa Casa de Jaú não consegue receber pacientes, eles são encaminhados para outros hospitais referência em atendimentos, como o Hospital das Clínicas de Bauru (SP).
Apesar dos altos índices de casos, Mineiros do Tietê não tem registro de óbitos pela doença em 2024. Outras duas cidades da região também apresentam um índice elevado de casos de dengue proporcionalmente ao número de habitantes: Dois Córregos e Bariri (SP).
Em Dois Córregos, os 2.715 casos confirmados representam 11% da população de 24.510 pessoas; Em Bariri, 9,3% dos 31.595 habitantes da cidade já pegaram a doença este ano. Ou seja, 2.965 casos confirmados.
Assim como Mineiros do Tietê, Dois Córregos também não registrou nenhuma morte por dengue. Já Bariri já contabiliza seis vítimas da doença este ano.
Avanço da dengue
Segundo dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde atualizados nesta segunda-feira (8), Brasil bate recorde histórico de mortes por dengue.
O país registrou 1.117 mortes nas primeiras treze semanas deste ano, uma taxa inédita. Este é o maior número desde o início da série histórica, em 2000. O recorde anterior de óbitos ocorreu em 2023, com 1.094. Já o terceiro ano com maior número foi 2022 com 1.053.
No mesmo período do ano passado, em 3 meses, o Brasil tinha 388 mortes. Além disso, até o momento, 2.963.994 casos foram registrados nas primeiras treze semanas deste ano, uma taxa inédita. Em 2023, foram 589.294 casos entre as semanas 1 e 13.
No centro-oeste paulista, 10 cidades já registraram mortes por dengue este ano, segundo o Governo de SP. Pederneiras (7), Marília (7), Bariri (6), Boracéia (3), Lençóis Paulista (3), Botucatu (4), Bauru (2), Jaú (2), Pongaí (1) e Cândido Mota (1). Ao todo, são 37 mortes na região.
Até a última atualização, o Painel de Monitoramento da Dengue do Estado de São Paulo apontava mais de 33 mil casos de dengue na região.
Tipos de dengue no Brasil
A partir dos dados referentes a exames laboratoriais realizados para identificar a dengue, o Ministério da Saúde também mapeou quais são os sorotipos do vírus com maior circulação no país.
A dengue do sorotipo 1 é a mais presente no Brasil, sendo registrada em todos os estados. Na sequência, é observado o sorotipo 2, em 24 estados e no Distrito Federal.
Há a circulação simultânea dos quatro sorotipos de dengue no território nacional, mas somente Minas Gerais registrou, até o momento, a presença de todos os sorotipos atuando simultaneamente.
🦟O vírus possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 — todos podem causar as diferentes formas da doença.
Uma pessoa pode ter dengue até quatro vezes ao longo de sua vida. Isso ocorre porque ela pode ser infectada com aos quatro diferentes sorotipos do vírus. Uma vez exposta a um determinado sorotipo, após a remissão da doença, ela passa a ter imunidade para aquele sorotipo específico.
Fonte: G1