Tempo de mudança ou mudança de tempo?

Por Carlos Pissolito

“É um tempo de mudança ou é uma mudança de tempo?”, questiona José Souza Silva, da Embrapa, instituição pública federal vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, fundada em 26 de abril de 1973, que tem como objetivos desenvolver tecnologias, conhecimentos e informações técnico-científicas para a agricultura e a pecuária.

O que não deve nos surpreender são os campos da agricultura e da agronomia. Eles não são a mesma coisa, mas protagonizam uma série de fenômenos fenomenais de grande impacto para o futuro de nossos povos.

O homem civilizado desenvolveu a agricultura na Mesopotâmia vários milênios antes de nossa Era e foi justamente por isso que se civilizou. Desde que parou de se deslocar para buscar seu alimento, construiu cidades muradas para que elas mantivessem os depósitos onde guardavam seus excedentes de colheita e foi contando-os que se deu origem à aritmética e à escrita.

Mutatis mutandi (mudando o que tem de ser mudado), foi melhorando tanto a produção de suas sementes quanto a de seus animais. Cada vez maior, mais resistente, mais rentável. Em suma, mais útil para o homem.

No final do século XIX, o uso de fertilizantes químicos, bem como a mecanização e os estudos científicos, transformaram a agricultura na ciência agronômica como a conhecemos hoje.

Mais recentemente, em meados do século XX, ocorreu a chamada revolução verde, que significou um salto qualitativo na tecnificação da agricultura em todo o mundo, baseada em avanços tecnológicos impressionantes, como sementes de alto rendimento, que ao final do século XX experimentou um novo impulso com a biotecnologia.

Tudo ia bem, até que, no século 21, grupos ambientalistas extremos começaram a denunciar que a agronomia de escala produzia dependência excessiva de agrotóxicos e que a fertilização intensiva causava graves problemas ambientais como contaminação de solos e aquíferos e redução drástica da biodiversidade, ao qual se tem tentado responder com a abordagem de uma agricultura dita sustentável.

Mais especificamente a FAO, que é uma agência dependente da ONU, dedicada à prevenção da fome e da desnutrição, tentou impor essas teorias ecológicas extremas no Sri Lanka, promovendo a agricultura tradicional e desencorajando a agronomia tecnológica moderna. Após dois anos, os resultados são visíveis. As massas empobrecidas dessa Nação não têm o suficiente para comer e acabaram de invadir todos os escritórios do governo, mergulhando o país no caos generalizado.

Países como Argentina e Brasil abençoados por Deus através de grandes áreas cultiváveis ​​não podem ser cativados por esse perigoso canto da sereia.

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