Uma cuidadora entrou com um processo trabalhista contra o espólio de Mario Jorge Lobo Zagallo, exigindo R$ 190 mil da família do ex-jogador e ex-técnico da seleção brasileira. Em audiência na 42ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, ela revelou que esse é o valor que aceitaria em um acordo, mas a família ofereceu apenas R$ 18 mil em proposta que foi rejeitada.
A cuidadora alegou que enfrentou condições inadequadas de trabalho, como dormir em um colchão no chão do quarto de Zagallo, sendo constantemente acordada para ajudá-lo, o que, segundo ela, a deixava à disposição 24 horas por dia.
Ela também acusou o filho de Zagallo, Mário César, de manter um ambiente de trabalho hostil, com um tom ríspido e ofensivo, o que configuraria assédio moral. A enfermeira afirmou que, durante a pandemia, precisou assumir tarefas além de suas funções, como limpar o banheiro, passar roupas e preparar refeições.
Inicialmente, a ação, movida após a morte de Zagallo em janeiro deste ano, exigia R$ 328.115,27, incluindo FGTS, férias proporcionais e vencidas, verbas rescisórias, horas extras e indenização por assédio moral. Em defesa, o espólio de Zagallo argumentou que a cuidadora tinha acomodação privativa e pausas alimentares, trabalhando em um plantão por semana, de no máximo 12 ou 24 horas, sendo substituída por outra cuidadora.
Fonte: DCM