Vamos salvar São Paulo

Desde o início da campanha eleitoral deste ano que o governador Rodrigo Garcia, candidato à reeleição, alerta os eleitores para os males causados pela polarização entre direita e esquerda na política brasileira, sempre se posicionando de forma isenta para que o Estado de São Paulo não seja afetado pela disputa acirrada que se trava em nível nacional.

O debate entre os candidatos a presidente realizado pela Rede Globo na quinta-feira provou que a divisão política e ideológica é prejudicial ao país e tende a se espalhar pelos estados e municípios que se alinharem a essa forma antiquada e perniciosa de fazer política.

A preferência do eleitor, dividida entre o ex-presidente Lula e o atual presidente Bolsonaro, repetindo a disputa havida em 2018, não chegou a São Paulo que manteve a continuidade administrativa desde o governador Mário Covas e que traz progresso social e desenvolvimento material.

Nove das melhores rodovias do país estão em São Paulo, nossa economia cresce acima da média nacional e os índices de segurança pública são os melhores do país, o que indica o acerto das políticas públicas iniciadas há quase 30 anos e que tem como mérito a sequência dos projetos.

“…tanto Lula quanto Bolsonaro desejam o controle sobre o segundo maior orçamento do Brasil…”

Entretanto, o que se constata no pleito atual é que tanto Lula quanto Bolsonaro desejam o controle sobre o segundo maior orçamento do Brasil, pois lançaram como candidatos em São Paulo os nomes mais conhecidos de seus partidos.

O candidato do PT, Fernando Haddad, foi considerado um dos piores prefeito de São Paulo e, quando pleiteou a reeleição, perdeu no primeiro turno, atrás até dos votos brancos e nulos, enquanto o candidato de Bolsonaro, o carioca Tarcísio de Freitas, foi diretor geral do Dnit no governo de Dilma Rousseff e não sabe sequer onde vai votar, pois não conhece São Paulo.

O baixo nível do debate, marcado por ofensas pessoais e acusações mútuas entre os dois principais candidatos, incluindo até um candidato auxiliar de Bolsonaro, chamado de “Padre de Festa Junina”, só foi salvo pelo comportamento assertivo e firme de Simone Tebet, a candidata que faz parte da coligação que lançou Rodrigo Garcia em São Paulo.

O espetáculo deprimente oferecido pelos candidatos ao cargo máximo mostra que o Brasil, e muito menos São Paulo, não merece ficar à mercê de ideais e atitudes retrógradas e de posições antagônicas à cultura progressista e moderna do Estado mais rico da Federação.

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Cláudio Pissolito

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