Vereador alvo de operação que investiga desvio de verba na saúde tem prisão decretada

Glauco Luís Costa Ton (MDB), o Batata, é um dos suspeitos que virou réu e que teve a prisão temporária convertida em preventiva. Defesa do parlamentar nega acusações.

A Justiça decretou a prisão preventiva do vereador de Agudos (SP), Glauco Luís Costa Ton (MDB), mais conhecido como Batata. Ele e mais quatro pessoas da região de Bauru foram presos em 29 de setembro durante a operação Raio X, que investiga desvio de verba da saúde pública.

Esta semana o Ministério Público denunciou ele e mais de 50 pessoas por participação num esquema criminoso que desviava verbas públicas da saúde por meio de Organizações Sociais (OS) contratadas por municípios para administrar unidades como pronto-atendimentos.

Polícia Civil cumpre mandados de busca e apreensão na Câmara de Agudos — Foto: Vanessa Aguiar / TV TEM
Polícia Civil cumpre mandados de busca e apreensão na Câmara de Agudos

O vereador Batata é acusado de ter recebido propina para votar a favor da cassação do prefeito de Agudos que encerrou um contrato com uma organização social, segundo as investigações, usada para desviar dinheiro.

A defesa do parlamentar nega todas as acusações e diz que ele “está à disposição da Justiça para dirimir e colaborar para esclarecimento dos fatos”.

O processo corre pela Justiça na região noroeste do estado, onde as investigações começaram. No dia da operação o irmão de Batata, o dentista Francisco Ton também foi preso, mas a prisão dele não foi estendida e ele não foi denunciado pelo MP.

Operação Raio X

A ação foi coordenada pela Polícia Civil de Araçatuba por meio da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) e fez parte de uma operação realizada em conjunto com o Ministério Público de São Paulo e a Polícia Federal do Pará.

Foram cumpridos 64 mandados de prisão temporária e 237 de busca, sendo 180 no estado de São Paulo e 57 nos demais estados, além do sequestro de bens e valores.

De acordo com um balanço parcial divulgado, foram apreendidos R$ 1,2 milhão e 53 prisões cumpridas até as 18h30 desta terça-feira, quatro delas em flagrante. Duas aeronaves foram apreendidas, uma em Congonhas e outra em Jundiaí (SP).

De acordo com a investigação, o esquema envolve uma Organização Social (OS) que administra hospitais e clínicas em várias cidades do país.

Os donos são suspeitos de pagar propina a agentes públicos para conseguir os contratos que, em geral, são superfaturados.

Os crimes investigados são fraude em licitações, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou que já está colaborando com a Polícia e o Ministério Público nas investigações. Disse também que todas as informações necessárias para esclarecer as suspeitas das quais a pasta é vítima estão à disposição dos órgãos competentes.

A Secretaria informa ainda que fará um pente-fino em todos os contratos e convênios firmados com as Organizações Sociais de Saúde (OSS) apontadas pelo MP e Polícia Civil e, se detectada qualquer irregularidade, realizará o rompimento dos mesmos.

A pasta repudia qualquer conduta que viole a legislação ou desrespeite a população usuária do SUS, reafirma seu compromisso com o uso correto dos recursos públicos e com o cumprimento das leis.

FONTE: G1

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Cláudio Pissolito

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