As buscas pela ourinhense Angélica Cecília de Almeida Santos, de 30 anos, desaparecida desde a tarde de sexta-feira (17/10), foram retomadas na manhã desta terça-feira (21/10), com reforço de todo o aparato de segurança do município. A operação concentra-se na região conhecida como “Beira Rio”, no Jardim Anchieta, às margens do Rio Pardo, local apontado por imagens de câmeras de segurança como o último trajeto percorrido por Angélica.
De acordo com os familiares, as filmagens mostram que ela saiu de sua casa, na Rua Ângelo Sedassari, nº 229, bairro Vila Boa Esperança, e seguiu a pé até a área do campo Beira Rio. Desde então, não há novos registros de seu paradeiro.
Durante a segunda-feira (20/10), equipes com cães farejadores percorreram todo o trajeto mostrado nas imagens. Nesta terça, o Corpo de Bombeiros iniciou buscas nas margens e nas águas do Rio Pardo, em um novo esforço para tentar localizar a mulher.
A mobilização envolve o BAEP (Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar), a Guarda Civil Municipal, a Defesa Civil, o Canil Gaiola Aberta, além de voluntários e familiares, que se revezam desde o fim de semana nas ações de procura.
O caso ganhou grande repercussão em Ourinhos e em toda a região, com centenas de compartilhamentos nas redes sociais e apoio de moradores.
Divergências nos depoimentos
O boletim de ocorrência do desaparecimento de Angélica apresenta versões diferentes sobre o que teria acontecido na sexta-feira (17/10).
Na primeira versão, registrada na manhã de sábado (18/10), Thiago, companheiro da desaparecida, afirmou que saiu do trabalho e foi a um bar, enquanto Angélica teria ido para casa e saído novamente por volta das 20h, sem dizer para onde.
Em uma segunda versão, ele mudou o horário de chegada em casa, dizendo ter retornado às 2h da manhã, e afirmou ter obtido uma filmagem que mostrava Angélica caminhando na rua às 23h22. Também disse que ela havia pesquisado na internet sobre “leilão de casa”.
Já na terceira versão, registrada no domingo (19/10), o empregador do casal, Ronisson Baccon, relatou que Angélica estava mais reservada nos últimos dias, mas não apresentava problemas financeiros nem no trabalho.
Segundo os familiares, Angélica saiu sem documentos, roupas ou objetos pessoais, e o celular foi encontrado em sua casa na segunda-feira (20/10). O aparelho foi entregue à Polícia Civil, que investiga o caso.

Autoridades acompanham as buscas
O prefeito de Ourinhos, Guilherme Gonçalves, esteve na manhã desta terça-feira (21/10) no local das buscas, acompanhando o trabalho das equipes. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele pediu que a população mantenha o pensamento positivo e continue compartilhando as informações sobre o desaparecimento:
“As buscas continuam aqui às margens do Rio Pardo, onde as câmeras registraram ela descendo. Os cães também confirmaram o mesmo trajeto pelo cheiro. É importante mantermos a esperança. Essa área é rasa em alguns trechos, e pode ser que ela tenha atravessado para o outro lado. Vamos seguir até o fim para localizar Angélica”, afirmou o prefeito.
Equipes da Guarda Civil Municipal, Bombeiros, Defesa Civil e grupos de busca e resgate, como o GBR Brasil, permanecem no local. O cão Zews, do Canil Gaiola Aberta, também auxilia nos trabalhos.
As autoridades reforçam que qualquer informação que possa ajudar na localização de Angélica Cecília de Almeida Santos deve ser comunicada imediatamente à Polícia Civil ou à Guarda Civil Municipal de Ourinhos. Enquanto as buscas seguem intensas, familiares e amigos mantêm a esperança de encontrar Angélica com vida.
Fonte: Passando a Régua