A família de Kauan Galdino Florêncio Pereira, de 18 anos, autorizou a doação de seus órgãos após o jovem ser baleado na cabeça durante um baile de Réveillon na comunidade do São Sião, em Queimados, na Baixada Fluminense. Kauan sofreu o ataque após pisar acidentalmente no pé de um traficante. Internado no Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), o goleiro amador teve a morte cerebral confirmada na última quinta-feira (04/01).
Após a decisão da família, o corpo de Kauan foi recebido com aplausos pela equipe médica do HGNI, que celebrou a generosidade em um vídeo que viralizou nas redes sociais. Segundo os médicos, o tiro atravessou o crânio do jovem, provocando perda de massa encefálica e agravando seu quadro clínico. Kauan, além de atleta dedicado, sonhava em ingressar no Exército como paraquedista e havia recebido uma mensagem de convocação para se apresentar às Forças Armadas pouco antes da tragédia.
“Meu filho era cheio de sonhos, carinhoso e cheio de vida. Pisou no pé e tiraram a vida dele por isso? Não podiam ter feito isso com meu filho”, lamentou Renato, pai do jovem, em entrevista à Globo. Kauan, que atuava como goleiro desde os 11 anos e treinou pela escolinha do Zico, era um exemplo de determinação e dedicação ao esporte. A tragédia ocorreu durante uma festa lotada, onde Kauan, acompanhado de familiares, pisou no pé de um traficante conhecido como “Testa de ferro”. Mesmo pedindo desculpas, foi alvejado pelo criminoso.
Fonte: DCM