VÍDEO: Jovem que esfaqueou professoras em ataque a escola de Ipaussu é condenado a 33 anos de prisão

Foi condenado a 33 anos de prisão em regime fechado, na quinta-feira (24/07), Thiago Oliveira Silva, de 24 anos, acusado de invadir uma escola estadual em Ipaussu (SP), em dezembro de 2022, esfaquear duas professoras e manter um professor refém sob ameaça de morte. O julgamento aconteceu na Câmara Municipal de Ipaussu, já que o prédio do Fórum está em reforma. As informações são do site Diário Cidadão de Santa Cruz do Rio Pardo.

O ataque aconteceu na noite de 14 de dezembro de 2022, por volta das 20h20, na Escola Estadual Prof. Júlio Mastrodomênico, localizada na região central da cidade. Segundo a investigação, Thiago, ex-aluno da unidade, pulou o muro lateral da escola e invadiu o prédio armado com faca, canivete e um simulacro de arma de fogo.

Durante o ataque, ele esfaqueou a professora Beatriz Belo de Miranda, de 26 anos à época, natural de Santa Cruz do Rio Pardo, e a vice-diretora Luciene Rose de Lemos, de 43. Em seguida, fez refém o professor Danilo Lincon Appolinario Quebra, de 27 anos, colocando um canivete em seu pescoço e o imobilizando com uma “gravata”.

A ação só foi interrompida com a chegada rápida da Polícia Militar, que conseguiu negociar a rendição do agressor e libertar o refém sem mais ferimentos. Thiago foi preso em flagrante no local e levado à Cadeia Pública de São Pedro do Turvo.

A professora Beatriz foi a vítima mais gravemente ferida, com lesões na escápula, braço, abdômen e coxa. Ela chegou a ter o pulmão perfurado e passou por cirurgia na Santa Casa de Ourinhos, onde permaneceu internada. Já Luciene sofreu ferimentos no braço, ombro e relatou dores no joelho. Foi atendida na Santa Casa de Ipaussu.

Em depoimento, Thiago confessou que o verdadeiro alvo da ação era a diretora da escola, Regina Carla Sartori Baggio, que não estava presente na unidade naquele momento. Segundo ele, o crime foi motivado por desavenças antigas com a gestora, ocorridas cerca de dez anos antes, quando ainda era aluno em outra escola onde Regina atuava. Ele confirmou que já havia planejado um ataque contra ela na época.

Além das armas utilizadas no crime, os policiais apreenderam o celular do acusado e imagens do circuito de segurança, que registraram toda a ação. Um áudio com a confissão de Thiago também foi gravado dentro da viatura da PM.

Na época, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc) lamentou o ocorrido e repudiou veementemente qualquer forma de violência dentro ou fora do ambiente escolar. Também informou que não havia estudantes no local no momento do ataque e que as aulas foram suspensas no dia seguinte. Uma equipe do Programa Conviva-SP foi enviada à escola para prestar apoio às vítimas e à comunidade escolar.

Com a condenação, Thiago Oliveira Silva deverá cumprir pena em regime fechado por tripla tentativa de homicídio e ameaça, conforme tipificado pelo Código Penal Brasileiro.

Fonte: Passando a Régua

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Cláudio Pissolito

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