VÍDEO: Uma hora antes de ser morto, policial compartilhou imagens rindo com amigo que o matou

Uma hora antes de ser morto com pelo menos 8 tiros, o sargento Eduardo Filipe Santiago Ferreira compartilhou um vídeo rindo com o amigo que o matou. O policial William Amaral da Conceição foi preso em flagrante.

“Eles estavam bebendo num bar. Eles beberam, estavam bem. Do nada aconteceu, ninguém sabe dizer o motivo, por que aconteceu, porque eles eram amigos”, disse Mariana Monteiro da Cruz Rodrigues, ex-mulher de Santiago.

O crime aconteceu na madrugada de domingo (19/10) na Avenida Jambeiro, em Vila Valqueire, na Zona Sudoeste do Rio. O vídeo no alto da página mostra como foi.

Os dois policiais eram compadres de batismo dos filhos e estavam de folga.

Ainda não se sabe o que motivou o crime.

Durante uma discussão dentro do carro, Santiago sai gritando:

“Amaral! Amaral! Tá maluco? Sou eu, Santiago, mano!”, disse a vítima. “Vai tomar no c*! Eu vou te matar!”, respondeu o colega. “Amaral, é o Santiago!”, ainda insistiu o outro.

Veja abaixo detalhes sobre o crime, com base no registro de uma câmera de segurança.

Quem são os envolvidos?

  • Eduardo Filipe Santiago Ferreira, o sargento Santiago, lotado no 18º BPM (Jacarepaguá), morto;
  • William Amaral da Conceição, o sargento Amaral, do 40º BPM (Campo Grande), ferido e preso em flagrante.

Onde foi o tiroteio?

Mapa mostra onde foi o tiroteio — Foto: Infografia: Veronica Medeiros/g1

Mapa mostra onde foi o tiroteio — Foto: Infografia: Veronica Medeiros/g1

Foi em frente ao número 525 da Avenida Jambeiro, em Vila Valqueire, na Zona Sudoeste do Rio de Janeiro.

Era exatamente 0h de domingo (19/), quando chovia muito.

Como começou a briga?

Até a última atualização desta reportagem, não se sabia o que motivou a troca de tiros.

Veja agora o que se sabe.

Desembarque atrapalhado

Desembarque atrapalhado de Amaral — Foto: Reprodução/TV Globo

Na imagem da câmera do condomínio, o Fiat Idea onde estavam Santiago e Amaral aparece parado no meio das faixas à direita do canal da Avenida Jambeiro.

Um motociclista de aplicativo buzina, reclama e manobra para prosseguir.

Santiago, que estaria ao volante, desce com dificuldade pelo lado do carona. Já na pista, tenta dialogar com o compadre. “Amaral! Amaral! Amaral! Amaral, tá maluco?”, repete.

O amigo também sai do Idea, já com uma pistola em punho, mas de um jeito atrapalhado. Amaral chega a rolar no asfalto, e nem com o tombo larga a arma. “Vai tomar no c*!”, xinga. Ele se levanta e, cambaleando, vai atrás de Santiago.

Mais súplicas e tiro

Por alguns segundos, os sargentos saem do quadro. Santiago reaparece à frente do carro, ainda desarmado, e pede calma com as mãos. “Eu vou te matar!”, diz Amaral. “É o Santiago, mano!”, responde.

Amaral, ainda fora do quadro, dispara. Santiago então tira uma pistola da cintura e revida. Ele ainda tenta se abrigar na porta aberta do carona, mas Amaral o persegue.

Troca de tiros no Valqueire — Foto: Reprodução/TV Globo

Bangue-bangue

Os ânimos se acirram. Santiago, fora do alcance da câmera, atira de novo.

Amaral se afasta alguns metros na frente do Idea e retorna, pelo lado do motorista, onde também está o amigo.

Ao longe, é possível ouvir buzinas — nenhum outro veículo passa.

Homem ao chão

Santiago contorna o Fiat, no sentido anti-horário, em direção à porta aberta. Amaral se aproxima e dispara, desta vez acertando o amigo no peito, que cai no chão.

Na queda, ainda bate com a cabeça na porta do carona, que com a força acaba fechando.

Um último tiro é ouvido. Um carro e uma moto passam enquanto Santiago está desfalecido.

Santiago morreu no local — Foto: Reprodução/TV Globo

Santiago morreu no local — Foto: Reprodução/TV Globo

Depois do embate

Uma equipe do batalhão de Santiago é acionada e o encontra sem vida. Amaral estava sentado no meio-fio com a arma do crime.

Ele foi preso em flagrante e internado sob custódia no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, e depois transferido para o Hospital Central da PM, no Estácio. Ele já recebeu alta.

Amaral alegou à polícia que não lembrava do momento dos disparos. Ele também relatou à PM, antes da chegada da Polícia Civil, que teriam sofrido uma tentativa de assalto. No entanto, não há evidências de um ataque.

Fonte: g1

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