Após ser covardemente agredida pelo companheiro e ter o nariz quebrado durante o espancamento, a mariliense Mylena Mendes tem promovido uma vaquinha on-line, a fim de passar por uma cirurgia reparadora.
Como é autônoma e precisa trabalhar, a jovem não pode esperar pelo atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS), que não tem previsão de quando a cirurgia vai ser realizada.
Mylena conta que a agressão aconteceu no dia 9 de abril, em seu apartamento no bairro Alto Cafezal, próximo ao Centro de Marília. Ela foi agredida com diversos socos. O nome do agressor não pode ser divulgado por questões jurídicas.
“Ele tinha comportamento introspectivo. Ele era visivelmente calmo e educado, porém, por diversas vezes se transformava em outra pessoa. Me xingava bastante, inclusive em público, me diminuía e me humilhava. Na minha cabeça de mulher apaixonada estava tudo bem. Achava que era por conta da bebida e no dia seguinte ele se acalmava e pedia desculpas”, revela Mylena.
A mariliense conta que não tinha entendimento do que estava passando e diz que o agressor já demonstrava um comportamento diferente. No dia das agressões, após o primeiro soco, a vítima caiu de joelhos e continuou sendo agredida. O espancamento só parou quando o interfone tocou.
“Eu saí correndo e pedi socorro. Meus vizinhos me ajudaram, me levaram para o hospital e chamaram a polícia. Eu não conseguia enxergar direito, pois estava com o rosto inchado e ensanguentado. Eu esperava que ele pedisse desculpas, que pagasse pela cirurgia, mas em nenhum momento se importou comigo”, conta a vítima.
Ela revela que ficou com muito medo nos primeiros momentos após a agressão. O homem foi preso em flagrante, mas Mylena contou que ele pagou fiança e foi liberado para responder ao processo em liberdade.
“Hoje em dia estou mais tranquila, mas a primeira vez que saí de casa, para a delegacia, fiquei muito apavorada. Achando que estava sendo vigiada. Uma amiga minha me buscou e eu não ando mais sozinha”, explica.
A autônoma fez questão de divulgar o contato do centro de atendimento a mulheres em situação de violência e vulnerabilidade, onde conseguiu acompanhamento psicológico. O telefone é o (14) 9 8205-1375 [clique aqui para iniciar uma conversa]. O número também recebe mensagens de WhatsApp [clique aqui para iniciar uma conversa].
“Esse centro de referência da mulher me ajudou muito. Eu não tinha conhecimento, mas lá eles ajudam muito bem a gente. Consegui todo acompanhamento psicológico e acho legal divulgar, para que outras vítimas saibam recorrer à ajuda necessária”, diz a vítima.
A vaquinha virtual para ajudar na cirurgia já arrecadou 65% do valor necessário. Serão R$ 8 mil para corrigir a fratura nasal sofrida pela vítima de violência doméstica. Quem quiser ajudar pode acessar o site que faz a arrecadação do valor necessário para o procedimento cirúrgico.
Fonte: Marília Notícias
