Faltando mais de ano para as eleições municipais de 2024, mesmo ainda parecendo que o pleito de 2018 aconteceu ontem, já se observam movimentações de políticos em busca de posicionamento nos grupos existentes, assim como começam a surgir aqueles que pretendem participar do processo que sempre desperta paixões e rivalidades. A acomodação dos atuais vereadores em seus partidos, lembrando que as mudanças poderão ser feitas até abril de 2024, mostra a busca por espaço e também pela liderança nos grupos, que pode se transformar em mais popularidade e, consequentemente, na garantia de cargos.
A partir de movimentos feitos, ainda que discretos, por um grupo ou um possível candidato, percebe-se a resposta de outros grupos e dos adversários que desejam manter ou ampliar suas posições no contexto da política municipal, que hoje conta com as redes sociais como meio de comunicação rápida, mas as vezes perigosas. Afinal, a possibilidade de se comunicar diretamente com o eleitor, sem a ajuda de intermediários, muitas vezes mais habilitados, se torna uma atividade de risco devido à possibilidade do cometimento de erros que sejam causas de antipatia no exigente mundo virtual.
“…muitas vezes apenas os títulos servem às conclusões…”
No complexo contexto da comunicação digital frequentada por pessoas que desejam informação rápida, sem muito esforço e sem a necessidade de análise, ou sequer de leitura, já que muitas vezes apenas os títulos servem às conclusões, o cuidado deve ser cada vez maior. A possível criação de uma lei regulamentadora, que pode até restringir a atividade política nas redes sociais também deve ser observada, pois o mau uso da liberdade existente está causando inúmeros embates e troca de ofensas considerados como crimes de consequências graves aos que os cometem, mesmo que seja por falta de conhecimento.
Portanto, os antigos e novos políticos devem evitar a linguagem agressiva, de deboche e lacradora muito utilizada nos últimos anos, para se concentrar na comunicação mais séria e honesta, sem enganos ou subterfúgios que, certamente, serão percebidos pelos eleitores e, provavelmente, punidos pelas leis. Depois de um período de enorme e cansativa polarização entre grupos e ideologias antagônicas, que se digladiaram como inimigas, e que trouxe prejuízo às pessoas e às instituições, é preciso retomar a linha do bom senso e do respeito ao eleitor a partir da largada eleitoral que já aconteceu.
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