A filha de Maria José Floter irá hoje ao IML para coleta de material genético.
No último sábado, uma ossada humana foi encontrada em uma área de pastagem em Assis, São Paulo, trazendo esperanças de resolver um caso que intriga moradores e a família Floter há nove meses. A polícia científica foi acionada e realizou exames periciais, levantando a suspeita de que os restos mortais poderiam pertencer a Maria José Floter, uma mulher de 74 anos que desapareceu de casa em setembro de 2022 enquanto lutava contra o mal de Alzheimer.
Junto aos ossos, as autoridades encontraram uma corrente que possivelmente poderia estar à vítima. Fernanda Floter, filha de Maria José, sabia a peça como semelhante à que sua mãe costumava usar, ocasionalmente removendo o pingente e usando apenas a corrente. Ela foi contatada pelo Instituto Médico Legal (IML) e está a caminho de Assis, vindo de Londrina, para fornecer uma amostra comparativa na segunda-feira, dia 26.
Segundo informações divulgadas, os restos mortais estavam parcialmente carbonizados, o que sugere que a vegetação local pode ter sido incendiada recentemente. Apesar disso, não foram encontradas perfurações no crânio da vítima, mas a análise da arcada dentária indica que se trata de um adulto.

A correntinha usada por Maria José Floter

Acessório encontrado junto à ossada
A identificação da ossada ainda não pode ser confirmada. Os restos mortais serão encaminhados para o Instituto de Criminalística em São Paulo, onde passarão por exames de DNA no Núcleo de Biologia e Bioquímica. Além disso, espera-se que os peritos possam encontrar outras evidências que auxiliem na identificação da pessoa.
A família Floter tem sofrido muito desde o desaparecimento de Maria José. Mesmo após visitar diversas cidades e insistir em cartazes, a mulher não foi encontrada. Infelizmente, o marido de Maria José, o professor Willian Floter, não resistiu à angústia, busca incessantemente e pensou sobre o paradeiro da esposa e acabou sofrendo um infarto e faleceu. A descoberta dos restos mortais sentiu alívio para a filha única, Fernanda Floter, que finalmente poderá encerrar a dolorosa busca pela mãe.
O delegado plantonista do fim de semana, Giovani Bertinati, esteve presente no local onde os ossos foram encontrados e elaborou um Boletim de Ocorrência (BO). Ele afirmou que a polícia continua trabalhando incansavelmente para esclarecer o caso e identificar a vítima, buscando trazer respostas e justiça para a família Floter.
Fonte: Abordagem