O advogado dele alega presunção da inocência.
No último domingo, dia 14, uma cena perturbadora de assédio sexual gerou revolta e tumulto em um bairro de Assis. Um homem foi flagrado exibindo seu órgão genital a uma menina, conforme captado por câmeras de monitoramento. O tumulto, após a descoberta pela avó da menina, inicialmente no bairro onde ocorreu o ato impróprio, logo se estendeu até a casa do indivíduo, localizada nas proximidades do Clube São Paulo.
O endereço do suspeito desencadeou uma reação enfurecida por parte dos familiares da menina assediada. Eles se dirigiram à residência do homem e, além de destruírem seu carro – o mesmo captado pelas filmagens , o espancaram. A intervenção da esposa dele impediu um linchamento em potencial.
A presença do homem nas imediações do bar e da casa da avó da criança foi registrada no final da manhã de domingo. Já a descoberta de seu endereço, associado ao histórico de suposto estupro de uma menina de sete anos de idade, aconteceu no início da noite.
O indivíduo foi detido por policiais, algemado e conduzido ao Plantão Policial de Assis. Contudo, para surpresa e indignação de muitos, foi liberado ainda no mesmo dia.
Segundo os advogados do homem, representados pelo escritório Alves & Vanzella Advogados Associados, a detenção se baseou em uma suposta prática delitiva de um crime de menor potencial lesivo no contexto do direito consuetudinário. A defesa ressaltou que as informações disponíveis não foram suficientes para fundamentar sua prisão, pois nada foi comprovado de forma concreta.
“O suspeito compareceu às autoridades, prestou esclarecimentos e foi liberado. Uma investigação foi aberta, e a defesa técnica do indiciado buscará provar sua inocência”, afirmou um dos advogados.
“Não houve flagrante delito. Após prestar depoimento na delegacia, ele foi liberado com base na presunção da inocência. Agora, os elementos constantes no boletim de ocorrência serão encaminhados à DDM, que pode apresentar uma representação contra ele”, explicou o defensor.
Fonte: G1