
FEIJÃO
Os preços médios dos feijões carioca e preto seguiram em queda ao longo da semana passada em quase todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores do Centro de Pesquisas, compradores atuam de forma pontual, evitando fechar grandes volumes, enquanto a oferta está maior, prevalecendo sobre a demanda. No geral, observa-se maior disponibilidade de produto da região sudoeste de São Paulo, com lotes mais claros, variedades de escurecimento lento, granulações acima de 90% na peneira 12 e umidade adequada. Para o feijão preto, o Cepea observou aumento na oferta de lotes comerciais. Ainda em São Paulo, agentes estão atentos às chuvas neste período de colheita e aos possíveis impactos do clima úmido sobre a qualidade. Nas demais regiões, os produtores focam no armazenamento e disponibilizam lotes pontuais.

MANDIOCA
Mesmo diante das chuvas na semana passada em muitas regiões produtoras, a colheita de raiz de mandioca foi retomada. O ritmo das atividades de campo, no entanto, ficou abaixo das expectativas dos agentes do mercado. Segundo pesquisadores do Cepea, muitos produtores ainda mostram pouco interesse em avançar com os trabalhos, alegando ser reduzida a atratividade da comercialização da raiz. De acordo com esses mandiocultores, a produtividade e o teor de amido estão baixos. Diante disso, os valores de negociação da raiz de mandioca se sustentaram na semana passada. Levantamento do Cepea mostra que, de 10 a 14 de novembro, o valor médio da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 565,81, com queda de 1,1% frente ao do período anterior. A média da parcial de novembro segue 0,6% acima da de outubro.

MILHO
A liquidez no mercado brasileiro de milho está baixa, sobretudo porque grande parte dos vendedores está afastada do spot, apontam pesquisadores do Cepea. Do lado da demanda, muitos consumidores têm interesse em novas aquisições, mas os fechamentos envolvem apenas pequenos volumes. Segundo pesquisadores do Cepea, por um lado, a recuperação no valor externo na semana passada e a intensificação das exportações brasileiras são fatores de sustentação aos preços internos. Por outro, a recente desvalorização do dólar, o bom desenvolvimento das lavouras de milho da primeira safra e o amplo excedente interno podem resultar em quedas. Esse contexto evidencia que o mercado ainda deve buscar ajustes nos próximos meses. No campo, de maneira geral, o clima segue favorecendo a semeadura e o desenvolvimento das lavouras da safra de verão. Contudo, em algumas regiões do País, como no Paraná e no Rio Grande do Sul, os volumes de chuvas, a intensidade dos ventos e registros de granizo deixam produtores em alerta. Segundo a Conab, até 8 de novembro, 47,7% da área da safra de verão havia sido semeada no Brasil, avanço semanal de 4,9 p.p. e de 2,2 p.p. acima da média dos últimos cinco anos.
Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br) /Jornalista Mauricio Picazo Galhardo




