Na última semana, Moçambique foi devastada pelo ciclone Chido, que também causou destruições no território francês Mayotte. Com ventos de 260 km/h, o fenômeno deixou pelo menos 70 mortos, mais de 500 feridos e destruiu cerca de 40 mil casas, afetando mais de 180 mil pessoas. As autoridades locais ainda contabilizam os prejuízos e temem um agravamento da crise humanitária.
“Estamos a falar de mais de 70 óbitos, quase 600 feridos e muitas casas destruídas”, informou Bonifácio António, do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD). Só no distrito de Mecúfi, na província de Cabo Delgado, foram registrados 50 mortos.
Além da destruição de moradias, as autoridades alertam para o risco de epidemias, especialmente surtos de cólera. “Nessas situações, em que as pessoas não têm acesso à água potável e à higiene, a cólera pode aparecer”, explicou Carlos Almeida, coordenador da ONG portuguesa Helpo em Moçambique. A destruição de infraestrutura de saúde agrava ainda mais a crise.
Moçambique ainda enfrenta mais uma tragédia que expõe sua vulnerabilidade às mudanças climáticas.
Fonte: DCM