“Lutou tanto para salvar vidas e depois a vida dele não deu para salvar”. É o que lamenta a esposa do técnico de enfermagem Eduardo Andrighetto, que trabalhou na Santa Casa de Itápolis (SP) durante 35 anos e não resistiu às complicações da Covid-19.
Aos 47 anos e sem complicações de saúde, segundo a companheira Angélica de Oliveira Andrighetto, Eduardo foi diagnosticado com a doença no início de agosto e morreu no último dia 20.
Ele ficou alguns dias internados na Santa Casa, local onde trabalhou, mas depois teve que ser transferido para um hospital de São Carlos. “Ficou 25 dias na UTI, lutou bastante para voltar, mas infelizmente não conseguiu”, lamenta a esposa.
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Além de deixar a companheira e os três filhos jovens, o funcionário deixou saudades para dezenas de colegas e pacientes que o acompanhavam no trabalho do dia a dia.
“Ele era muito amado, querido pela cidade inteira. Era amigo, marido, bom pai, companheiro para todas as horas. Vai fazer falta porque tudo o que ele fazia era com amor e carinho para os pacientes”, conta a esposa.
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Para marcar a partida do profissional, colegas de trabalho organizaram uma homenagem para ele na Santa Casa de Itápolis. No dia em que ele morreu, familiares e amigos se reuniram no pátio da instituição para orar e se despedir do corpo de Eduardo.
Trajetória
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Eduardo começou a trabalhar na Santa Casa de Itápolis quando ainda era criança, exercendo a função de guarda mirim. Anos depois, ele estudou para auxiliar de enfermagem e, em seguida, formou-se técnico na profissão.
“Ele continuou como técnico de enfermagem por uns 25 anos e amava o que fazia”, lembra a companheira.
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Caseiro, Angélica contou que Eduardo vivia para o trabalho e para a família, que quase não saía de casa mesmo antes da pandemia. Por isso, a esposa acredita que o técnico de enfermagem contraiu a doença no hospital.
“Ele sempre trabalhou à noite, então a gente praticamente não tinha diversão. A nossa vida sempre foi desse jeito e ele era tudo aqui em casa. Acabou pra gente, está bem difícil”, admite Angélica.
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Além de Itápolis, Eduardo trabalhou na Santa Casa de Ibitinga. Lá, ele também era muito querido pelos colegas e pacientes, segundo a esposa com quem o funcionário foi casado por 22 anos.
“A gente sempre passou tudo juntos, um ajudando o outro. Ele sempre apoiava a gente em tudo, estava preocupado com a gente até no hospital. Ele dava a vida pelos filhos e sempre foi um lutador”, completa Angélica.
Fonte: G1