A Polícia Civil de Palmital concluiu o inquérito sobre morte do desempregado Robson Libório de Moraes, de 35 anos, e apontou que os dois comerciantes presos no início do mês tiveram envolvimento com o crime.
A vítima foi executada a tiros na manhã de 29 de novembro, na estrada do Capixingui, em trecho próximo à Lagoa de Tratamento de Esgoto do Saae.
Robson tinha ferimentos na cabeça e no peito e o corpo estava de barriga para cima e com as mãos para trás, indicando que estivessem amarradas no momento da execução.
A Polícia Civil apurou o caso e, em menos de uma semana, conseguiu ordem judicial para prender os suspeitos, dois irmãos com idades de 35 e 32 anos.
Durante as prisões, ocorridas em 4 de dezembro, houve a apreensão de um revólver calibre 357 Magnum com diversas capsulas e munições para espingardas de calibre 12 e 28.
Segundo o delegado Giovani Bertinatti, as investigações e as versões de testemunhas apuraram que, na semana anterior à morte, os irmãos ameaçaram e agrediram o desempregado com o uso de arma de fogo.
O motivo seria a suspeita de que Robson fosse autor de furto ocorrido em 24 de novembro na loja dos acusados, de onde foram levados diversos celulares. Porém, o delegado afirmou que não há indícios de que o desempregado tenha praticado o crime.
O delegado disse que os acusados confirmaram que foram atrás de pessoas suspeitas para tentar reaver os celulares furtados.
Bertinatti relatou que um dos irmãos confirmou ter feito ameaça a Robson, mas que ambos negaram ter ordenado ou executado o homicídio.
Bertinatti disse que Robson foi sequestrado pouco antes do ser morto por um grupo de homens em um imóvel na região do bairro São José e, supostamente, levado para o local da execução.
“Segundo testemunhas, estas pessoas afirmaram categoricamente que o levaram por causa dos aparelhos. E as investigações terão continuidade para identificar estes suspeitos”, explicou o delegado, que relatou o inquérito ao Fórum da Comarca em 18 de dezembro.
O delegado informou ainda que o Ministério Público apresentou denúncia contra os acusados com a conclusão de que ambos teriam sido mandantes ou executores em decorrência dos acontecimentos na semana que precedeu ao crime.
O juiz responsável pelo caso acolheu a representação da promotoria e decretou a prisão preventiva dos comerciantes. Em seguida, eles foram transferidos da Cadeia Pública de Lutécia para o Anexo de Detenção Provisória (ADP) de Assis, onde aguardam a instrução do processo.