A força da arte televisiva

“…as artes também servem para despertar a consciência crítica e como meio de informação sobre temas complexos…”

As artes plásticas, cênicas, musicais, literárias e agora as digitais, representativas da identidade e da cultura dos povos, exercem significativa influência sobre àqueles que têm acesso às apresentações e manifestações, como meio de formação da consciência individual e coletiva.

Mesmo relegada pela maiorias dos governos, que destinam orçamentos irrisórios para o setor cultural, as artes e os espetáculos, em suas muitas vertentes, desempenham papel de sensibilização, entretenimento e encantamento e também de desenvolvimento e apuração do gosto estético.

Mais que entreter e encantar, as artes também servem para despertar a consciência crítica e como meio de informação sobre temas complexos que afetam o cotidiano da sociedade ao fazer a simplificação graças às inúmeras formas possíveis de representações.

Exemplo muito ilustrativo foi verificado no último dia 13, durante a exibição de cena da novela “Vale Tudo”, da TV Globo, que causou congestionamento nos canais de atendimento da DPE/RJ – Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, quando a trama mostrou a personagem Lucimar, interpretada por Ingrid Gaigher, em busca de apoio jurídico para exigir o direito à pensão alimentícia do seu filho.

O episódio televisivo de grande audiência gerou bastante identificação do público e resultou em expressivo aumento na procura pelos serviços da instituição, que registrou pico de 4.560 acessos por minuto, número quatro vezes superior à média habitual.

A grande procura pela Defensoria, causada pela simples cena da telenovela, resultou na realização de 1.148 agendamentos, que representam aumento de 70% em comparação à média diária de 2025, provando de forma cabal e explícita o poder de influência e de encorajamento da arte sobre a consciência dos indivíduos.

A cena de ficção com viés na realidade de significativa parcela da população trouxe à tona uma situação muito comum de desconhecimento dos direitos e também dos canais que garantem o cumprimento dos deveres pelos responsáveis, levando muitos telespectadores à reflexão e à iniciativa de substituir a inércia, a passividade e o receio pela atitude de reivindicar os direitos concedidos pelas leis.

Não obstante ao crescimento de grupos ideológicos, principalmente daqueles que preferem a população na ignorância e na obscuridade, a força das artes se faz presente de diversas maneiras como despertadora de consciências.

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Cláudio Pissolito

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