Os dispositivos de Chavantes, Ourinhos, Bariri, Barra Bonita, Ibitinga e Promissão são de baixo risco.
Depois da tragédia de Brumadinho (MG), seis barragens de usinas hidrelétricas da região Centro-Oeste Paulista entraram na lista da Agência Nacional das Águas para fiscalização imediata. A Agência decidiu intensificar as vistorias para garantir a segurança.
As barragens de Chavantes, Ourinhos, Bariri, Barra Bonita, Ibitinga e Promissão são consideradas de baixo risco, mas estão entre as que serão fiscalizadas. A barragem de Salto Grande, entre a de Ourinhos e a de Palmital, sobre a qual foram publicadas informações de que seria de risco, não foi sequer citada. Uma barragem homônima, em Americana, na região de Campinas, foi considerada como de risco, o que causou a preocupação em internautas desatentos.
O Conselho Ministerial de Supervisão de Respostas a Desastre do Governo Federal publicou na terça-feira (29) duas resoluções que determinam a fiscalização imediata de barramentos de diferentes finalidades, enquadrados como categoria de risco alto ou com dano potencial associado alto.
No Brasil, são 3.386 barragens de rejeito de minérios, hidrelétricas e para reserva de abastecimento de água que serão vistoriadas para evitar desastres como o de Brumadinho.
Em Barra Bonita, a hidrelétrica começou a operar em 1963 e o reservatório tem 150 quilômetros ao longo do rio Tietê. As cinco comportas que fazem o controle do volume de água estão abertas.
A AES Tietê Energia S.A – Concessionária responsável pelas barragens de Bariri, Barra Bonita, Ibitinga e Promissão – informou que as barragens têm estruturas consolidadas, seguindo rigorosos padrões técnicos de engenharia e são periodicamente monitoradas por instrumentos, além de inspecionadas e avaliadas por equipe técnica especializada com o uso de drones subaquáticos e aéreos.
A CTG Brasil, que opera oito hidrelétricas do Rio Paranapanema, incluindo a Canoas II, em Palmital, informou que suas barragens operam em condições normais e sem qualquer irregularidade que possa comprometer a segurança das estruturas e das comunidades.
A empresa conta com equipes de segurança, operação e manutenção especializadas e processos internos criteriosos e consolidados e afirmam que todas as barragens estão seguras.
A AES Tietê afirma que há um plano de emergência para que todos saibam o que fazer caso haja algum desastre.