Câmara aprova devolução de R$ 50 mil para destinar à Santa Casa

Vereadores se reuniram com o interventor e depois aprovaram por unanimidade a antecipação do valor

 

 

 

Na sessão da última segunda-feira, a Câmara Municipal de Palmital aprovou a antecipação da devolução à Prefeitura de recursos não utilizados pela casa e que deverão ser destinados à Santa Casa de Misericórdia. A aprovação da medida foi por unanimidade, depois de reunião com o interventor do hospital, José Manoel Rocha Bernardo.

Com a devolução dos R$ 50 mil aprovados na segunda-feira, o valor dos recursos destinados pela Câmara Municipal chegam a R$ 80 mil este ano, pois outros R$ 30 mil foram autorizados em março, dando sequencia ao acordo firmado no ano passado, quando o legislativo destinou R$ 600 mil à entidade, em parcelas mensais de R$ 50 mil. Segundo José Manoel, os valores repassados no ano passado garantiram a sobrevida do hospital e, agora, mesmo com a intervenção, os recursos são essenciais para continuidade do trabalho de saneamento financeiro.

 

Reunião esclarece detalhes da situação financeira

 

 

Antes da sessão ordinária de segunda-feira, quando foi aprovada a destinação de R$ 50 mil, houve reunião entre o interventor da Santa Casa e os vereadores para esclarecer detalhes da situação financeira da entidade. José Manoel explicou que as contas estão fechando com déficit mensal de R$ 250 mil, causados principalmente pelo sub-financiamento do Pronto Socorro, cujo custo mensal passa de R$ 500 mil e obriga a Santa Casa a assumir grande parte das despesas.

Segundo esclareceu o interventor, depois que a administração do hospital passou para a Prefeitura a entidade deve trabalhar em regime de caixa, ou seja, manter as contas em dia e, dentro do possível, quitar os débitos acumulados antes da intervenção. Ele falou sobre medidas já adotadas, como o parcelamento da dívida para com o FGTS, no valor de R$ 900 mil, com acréscimo de mais R$ 16 mil mensais nas despesas, o retorno das cestas básicas aos funcionários, o pagamento de férias vencidas, sem deixar acumular, como acontecia antes, entre outras medidas saneadoras das finanças que incluem a melhoria da receita com mais atendimentos a convênios e a particulares. “Estamos organizando a gestão administrativa no sentido de tornar o hospital autossustentável, mas para isso é preciso cobrir o déficit mensal e haver a definição de valor da subvenção, que deverá ser objeto de projeto de lei para garantir a dotação orçamentária, além de acordos com a Secretaria da Saúde para a compra de serviços de especialidades no mesmo valor pago a outros hospitais e clínicas”, enfatizou.

Outra informação levada aos vereadores foi sobre as reformas e adequações feitas no prédio do hospital com recursos de doações e do trabalho voluntário de profissionais da construção civil, com acompanhamento de engenheiro civil também voluntário. Segundo José Manoel, com a cobertura do déficit e a consequente quitação das dívidas acumuladas, será possível firmar convênios com outras prefeituras e empresas, criando novas fontes de receita. “Nosso maior problema é o custo elevado do Pronto Socorro, que precisa ser coberto integralmente pela Prefeitura para que possamos negociar com outros compradores de serviços”, afirmou o interventor, que tem como objetivo manter a Santa Casa sustentada em três pilares: a venda de serviços para o poder público, que inclui a Prefeitura de Palmital e outras da região, os convênios com planos de saúde, como a Unimed, e contratos com empresas, e a participação da comunidade por meio do Conselho Gestor Externo.

Compartilhe
Facebook
WhatsApp
X
Email

destaques da edição impressa

colunistas

Cláudio Pissolito

Don`t copy text!

Entrar

Cadastrar

Redefinir senha

Digite o seu nome de usuário ou endereço de e-mail, você receberá um link para criar uma nova senha por e-mail.