Carpinteiro que teve estaca cravada no crânio considera própria vida um milagre: ‘Foi desesperador’

Última lembrança do jovem é do momento em que ele estava cortando a madeira. Família torce pela recuperação. Médico destaca que rapidez foi importante para recuperação.

Carpinteiro que teve estaca cravada no crânio considera própria vida um milagre e diz que teve medo de morrer

Vitor Soares do Nascimento, o carpinteiro de 28 anos que sobreviveu a um pedaço de madeira que ficou cravado na cabeça, considera a própria vida um milagre. Ele lembra pouco sobre o acidente que o levou para o hospital há 8 dias. Na manhã desta quinta-feira (18), o jovem contou que sonha com a alta do hospital e em conviver com a família, principalmente a filha, em casa.

“Foi desesperadora a situação com a madeira na cabeça sem poder me mexer e colocar a mão. E com medo de vir a falecer”, contou Vitor.

O carpinteiro segue internado no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. A última lembrança do jovem é do momento em que ele estava cortando a madeira, momentos antes do acidente que aconteceu no local de trabalho, em Mangaratiba.

“Eu estava cortando e a madeira estava pulando. Eu fiquei com medo. Depois disso não lembro de mais nada”, afirmou o carpinteiro.

Segundo o amigo que o acompanhava e os profissionais de resgate, Vitor estava consciente durante todo o percurso até a unidade de saúde.

Imagem de exame de Vitor mostra a estaca de madeira na cabeça — Foto: Reprodução
Imagem de exame de Vitor mostra a estaca de madeira na cabeça — Foto: Reprodução

No dia do acidente, 10 de julho, ele passou por uma cirurgia que durou 4 horas para a retirada da estaca da cabeça e a drenagem de um hematoma cerebral. Pouco tempo depois, ele foi extubado e logo recobrou os sentidos, lembrando o nome e a idade.

No hospital, ele deixou o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) na segunda (15). Vitor ainda não tem previsão de alta.

O médico Thiago Resende, diretor do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, contou que a rapidez foi fundamental para a recuperação de Vitor.

“O Hospital Municipal de Mangaratiba entrou em contato com o Hospital Adão Pereira Nunes e, de forma imediata, foi autorizada a transferência do paciente. Após a autorização, eles entraram em contato com o Corpo de Bombeiros e, prontamente, o trouxe para cá em duas horas. O tempo foi primordial”, destacou o médico.

Resende destaca que o paciente não teve perda de mobilidade, de fala ou de memória, No processo de recuperação, ele ainda faz uma terapia com antibióticos e com uma fonoaudióloga, que acompanha a evolução da fala.

Vitor ainda deve passar por mais uma cirurgia para a reconstrução da região afetada.

A família, que o acompanha no hospital, torce para que ele retome a vida depois do susto.

“Acreditamos que ele é um milagre e temos fé de que ele vai se recuperar mais ainda e vai retornar para casa”, afirmou Rafael Soares dos Santos, irmão de Vitor.

Fonte: G1

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