A aproximação da Ceagesp – Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo -, do governo federal, com a agricultura familiar, envolve também a armazenagem que está garantindo descontos de 30% para quem tem o CAF – Cadastro Nacional da Agricultura Familiar -. A honra de estrear essas condições coube a agricultores de Palmital, que aproveitaram as condições da Proposta de Resolução da Diretoria (PRD) 009/2025.
Os produtores que estão depositando suas produções desde o fim de agosto na AGPAL- Unidade Armazenadora de Palmital – receberam os primeiros boletos já com o desconto. Antes, porém, a informação já estava sendo espalhada pelo campo. “No caso do AGPAL, após a aprovação da PRD, a informação foi repassada ao Sindicato Rural e ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município, via divulgação pelo WhatsApp”, contou Luís Eduardo Vieira Pinto, chefe das Regionais II e IV da armazenagem.
Outras estratégias foram adotadas para que a notícia chegasse ao máximo possível de receptores. “Essa informação também foi divulgada na rádio Regional durante o período de 30 dias, além de ter sido feito contato direto com os clientes que passam pela Unidade, fora os momentos de criação de novos cadastros”, completou Luís Eduardo. Agricultores interessados no benefício também podem procurar a equipe da unidade para obter mais informações.
De acordo com a empresa, quando o agricultor opta pela Ceagesp, tem sua carga bem encaminhada desde o começo e recebendo os seguintes processos: 1) Recepção dos grãos; 2) Amostragem e classificação; 3) Limpeza; 5) Secagem; 6) Expurgo; 7) Armazenagem e manutenção da qualidade; e, 8) Expedição. Outro trunfo da Ceagesp é a devolução da sobra técnica, quando o produtor recebe no fim do contrato o proporcional daquilo que foi estocado, com as devidas correções devido à quebra técnica.
“Estamos bem atentos às oscilações do mercado e as cargas que nos foram confiadas são liberadas com rapidez para que quem transforma o campo em riqueza aproveite o melhor momento de venda de seu produto, que estará guardado com toda a segurança e assistência que só uma rede com o tamanho e o conhecimento da nossa pode oferecer”, diz trecho de nota enviada à imprensa pela Ceagesp, que é vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).
“Nossos silos são de concreto, que proporcionam melhor isolamento térmico em comparação aos metálicos, fora serem menos suscetíveis a contaminações externas, o que favorece uma melhor manutenção da qualidade e da integridade das cargas armazenadas. Além disso, todas as mercadorias possuem seguro, o que só aumenta a segurança dos depositantes”, completou a empresa sobre a unidade de Palmital, que é uma das maiores estruturas da Ceagesp e tem capacidade estática para 100 mil toneladas, dividida em dois graneleiros, o primeiro inaugurado em 10 de setembro de 1976 e o segundo, em 7 de maio de 1978.
Agronegócio
Dia da Árvore: Enersugar doa mudas para arborização urbana e reflorestamento em municípios do Civap
A Usina Enersugar desenvolve importantes ações de sustentabilidade para garantir a preservação dos recursos naturais e assegurar a melhoria do meio ambiente nos municípios da região onde atua. Por meio da parceria com o Consórcio Intermunicipal do Vale do Paranapanema (Civap) a empresa incentivou um projeto que promoveu na última semana a distribuição de 7 mil mudas de espécies nativas e ornamentais para as prefeituras consorciadas.

Denominada Arboriza Civap, a iniciativa foi realizada para marcar o Dia da Árvore, que é comemorado neste domingo (21 de setembro). O projeto é coordenado pela Câmara Técnica de Agricultura e Meio Ambiente do consórcio intermunicipal. Das mudas entregues aos 36 municípios participantes do programa, a Enersugar foi responsável pela doação de 6 mil unidades, reforçando o compromisso da empresa em incentivar ações ambientais na região – o restante foi viabilizado pela NovAmérica.

O analista ambiental Gabriel Longhini e a supervisora de Controle de Qualidade e Meio Ambiente Elisangela Souza representaram a Enersugar na entrega das mudas realizada na sexta-feira (19/09) no viveiro da Flora Vale, em Assis. Os municípios que aderiram ao projeto foram contemplados com exemplares de espécies indicadas para o paisagismo urbano e recuperação de áreas verdes, como Ipês (amarelo, branco e rosa), jabuticaba, escova-de-garrafa, tamareira, árvore da china, samambaia de árvore e mudas nativas de reflorestamento.
Os municípios participantes do Arboriza Civap são Agudos, Assis, Bastos, Bernardino de Campos, Borá, Campos Novos Paulista, Canitar, Cândido Mota, Duartina, Echaporã, Espírito Santo do Turvo, Fernão, Guarantã, Ibirarema, Lupércio, Lutécia, Manduri, Narandiba, Ocauçu, Ourinhos, Palmital, Paraguaçu Paulista, Paulistânia, Pedrinhas Paulista, Pirapozinho, Platina, Quatá, Quintana, Rancharia, Ribeirão do Sul, Salto Grande, Sandovalina, Santa Cruz do Rio Pardo, São Pedro do Turvo, Taciba, Tarumã.

“O Arboriza Civap tem como objetivo ampliar a cobertura de áreas plantadas, promover a arborização de calçadas, bosques e áreas públicas, além de estimular a conscientização sobre a importância das árvores para a qualidade de vida e equilíbrio ambiental”, destacou o consórcio intermunicipal por meio de nota. “O Civap agradece às empresas Enersugar e NovAmérica pela expressiva doação, possibilitando que nossas cidades sejam mais verdes e sustentáveis”, finalizou o texto.
O agronegócio paulista registrou um desempenho expressivo nos oito primeiros meses do ano, com um superávit de US$ 14,76 bilhões no período. O saldo positivo decorre de exportações que somaram US$ 18,62 bilhões e de importações que totalizaram US$ 3,86 bilhões. O resultado se destaca principalmente por ser o primeiro levantamento do desempenho do comércio exterior de São Paulo após a decisão dos Estados Unidos de acrescentar tarifas às importações brasileiras, em agosto.
Apesar de o Brasil estar sofrendo pressões tarifárias dos EUA, o agronegócio do estado de São Paulo demonstrou resiliência, mantendo o superávit e elevando exportações estratégicas. A análise mostra que, entre janeiro e agosto de 2025, o agronegócio respondeu por 40,4% das exportações paulistas e por 6,7% das importações do estado, segundo dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta).
“O crescimento foi alavancado pelo café e a carne, demonstrando que a produção de São Paulo é diversificada e está preparada para possíveis períodos de instabilidade. O Estado de São Paulo trabalha sempre com o compromisso de gerar oportunidades de crescimento para o produtor paulista e o resultado do superávit da balança comercial é uma prova da seriedade da gestão”, comenta Guilherme Piai, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
De janeiro a agosto de 2025, as exportações do agronegócio paulista foram concentradas em cinco grandes grupos de produtos. O complexo sucroalcooleiro liderou a pauta, com participação de 29,3% e valor de US$ 5,45 bilhões, sendo a maior parte composta por açúcar (92,2%) e o restante por etanol (7,8%). Em seguida vieram as carnes, que representaram 14,5% das vendas externas, somando US$ 2,69 bilhões, com destaque para a carne bovina, responsável por 84,4% desse total.
Os produtos florestais ocuparam a terceira posição, respondendo por 10,7% das exportações e alcançando US$ 1,98 bilhão, divididos principalmente entre celulose (53,9%) e papel (36,7%). O complexo soja participou com 10,5%, registrando US$1,95 bilhão, dos quais 81% correspondem à soja em grãos e 13% ao farelo. Já os sucos, quase integralmente suco de laranja (97,6%), representaram 10,3% do total, com valor de US$ 1,91 bilhão.
Vale destacar que as variações de valores, em comparação com o mesmo período do ano passado, apontaram aumentos das vendas para os grupos de café (+44,5%), carnes (+27,8%), sucos (+7,8%), e quedas nos grupos de complexo sucroalcooleiro (-34,6%), produtos florestais (-3,2%) e complexo soja (-2,1%). Essas variações nas receitas do comércio exterior são derivadas da composição das oscilações tanto de preços como de volumes exportados.
Os principais destinos do agronegócio paulista seguem os mesmos, sendo a China o maior mercado, com 24,3% de participação, adquirindo principalmente produtos do complexo soja, carnes, açúcar e florestais. Na sequência vem a União Europeia, que corresponde 14,3% de tudo que é exportado, sendo os principais itens sucos, café, produtos florestais e demais produtos de origem vegetal. E o terceiro destino segue sendo os Estados Unidos, responsáveis por adquirir 13,4% dos produtos, comprando sucos, carnes, demais produtos de origem animal, florestais, café, sucroalcooleiro e demais produtos de origem vegetal.
“A produção de São Paulo é diversificada e temos destinos variados para nossos embarques. Essa característica torna São Paulo mais preparado para períodos de instabilidade internacional como o atual”, comenta Guilherme Piai, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
O agronegócio paulista manteve destaque no cenário nacional, respondendo por 16,7% das exportações do setor no Brasil, ocupando a 2ª posição, atrás de Mato Grosso (17,7%) e à frente de Minas Gerais (11,5%).
No acumulado de janeiro a agosto de 2025, o agronegócio brasileiro exportou US$ 111,69 bilhões (49,1% do total nacional) e importou US$13,49 bilhões, alta de 5,1%. O setor segue essencial para equilibrar a balança comercial do país.
Medidas de suporte às cadeias produtivas de SP
Por meio do Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social (PPAIS), o Governo de São Paulo intensificou a compra pública de café das cooperativas paulistas. Até o momento, em 2025, já foram adquiridas 8 toneladas do grão torrado e moído e a expectativa é que até o final do ano as compras possam chegar a R$ 1 milhão. Estes produtos abastecem hospitais, escolas, penitenciárias e outros prédios da administração pública.
Além das compras públicas, o Estado adota ações complementares de apoio ao setor, como a disponibilização de crédito especial para exportadores, via Desenvolve SP, e a liberação de crédito de ICMS para aliviar custos financeiros dos produtores e cooperativas. Outro ponto de suporte aos produtores é a abertura de novos mercados consumidores para os produtos paulistas.
Fonte: Agência de Notícias do Governo do Estado de São Paulo.
Empresa terá estande na Feira Oportuna 2025, realizada entre os dias 17 e 19 de setembro no Salão Paroquial da Igreja Matriz
Reforçando seu compromisso com a geração de empregos e desenvolvimento de carreiras nas cidades onde atua, a Tereos Amido & Adoçantes Brasil será uma das empresas apoiadoras da 3ª edição da Feira Oportuna, a maior feira de empregos, serviços e profissões do interior paulista. Realizado entre os dias 17 e 19 de setembro no Salão Paroquial da Igreja Matriz em Cândido Mota, o evento reunirá palestras e oportunidades profissionais para os moradores da região.
Durante o evento, os participantes poderão visitar o estande da Tereos para conhecer mais sobre seus processos industriais, os produtos oferecidos, além de deixarem seus currículos para futuras oportunidades na companhia.
“Acreditamos que estar próximos dos talentos locais fortalece não apenas o nosso negócio como também o desenvolvimento da comunidade em que estamos inseridos. Nosso estande foi preparado para apresentar nossas soluções, compartilhar informações sobre nossas oportunidades, além de abrir espaço para diálogo com estudantes e profissionais em busca de novos caminhos. Estamos comprometidos em atrair, desenvolver e reter pessoas que queiram crescer junto conosco”, comenta Ana Luiza Coelho de Britto Maluf, gerente de Recursos Humanos da Tereos Amido & Adoçantes Brasil.
A Oportuna 2025 é realizada pela Prefeitura de Cândido Mota, por meio da Secretaria de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, com apoio da Secretaria de Educação e Cultura e da Câmara Municipal de Cândido Mota. O evento também conta com o patrocínio do SEBRAE e da NovAmérica.
Fonte: Assessoria de Comunicação Tereos
Cart faz ação de segurança no trânsito com colaboradores da Tereos em Palmital
Iniciativa levou orientações práticas e interativas a colaboradores da empresa Tereos, com foco em direção defensiva e prevenção de acidentes
A Concessionária Auto Raposo Tavares (Cart) realizou na terça-feira (09/09) uma ação educativa destinada a motociclistas e motoristas colaboradores da empresa Tereos em Palmital. A iniciativa integra o Programa Cart Pela Vida e faz parte da programação da Semana Nacional de Trânsito 2025, comemorada entre os dias 18 e 25 deste mês. O objetivo é reforçar a conscientização e estimular comportamentos mais seguros nas rodovias.
As atividades ocorreram das 10h às 14h e envolveram diferentes dinâmicas práticas. Os participantes puderam experimentar óculos simuladores que reproduzem os efeitos da embriaguez e da sonolência, vivenciando de forma realista os riscos de dirigir sob efeito de álcool ou quando estão cansados.
Também foi realizada a colocação de adesivos refletivos nos capacetes dos colaboradores motociclistas, recurso essencial para aumentar a visibilidade e a segurança desses profissionais no trânsito, especialmente durante a noite ou em condições de baixa luminosidade. Ao todo, cerca de 160 pessoas participaram da ação.
Ponto cego
A programação também contou com a parceria da Honda, que orientou sobre técnicas de condução segura para motociclistas e destacou a importância da atenção aos pontos cegos, que são as áreas ao redor do veículo que não são visíveis pelos retrovisores. A compreensão desse aspecto é fundamental para adotar posturas defensivas e prevenir acidentes, contribuindo para maior segurança no trânsito.
De acordo com Viviane Soares Ramos, analista de Responsabilidade Social da concessionária, o Programa Cart Pela Vida busca incentivar práticas conscientes e preventivas. Segundo ela, quanto mais informações e experiências práticas de segurança os motociclistas e motoristas recebem, melhor preparados eles ficam para conduzir seus veículos de maneira responsável.
Além da ação realizada em Palmital, a programação da Cart para a Semana Nacional do Trânsito prevê outras atividades ao longo do mês. Entre elas, está prevista uma nova visita à empresa Tereos em Palmital, no próximo dia 30, para uma palestra aos colaboradores sobre direção defensiva e para um reforço nas orientações sobre conduta segura de motocicletas, novamente em parceria com a Honda.
Fonte: Lettera/Assessoria de Comunicação da Cart
O reinado de Olacir de Morais, reconhecido como “Rei da Soja”, que revolucionou o agronegócio e terminou em colapso, deixou lições duras para empresários que buscam crescer sem blindar riscos
O “Rei da Soja”, Olacir de Morais, construiu um dos maiores impérios privados do Brasil, com aviões, usinas, ferrovias e mais de 300 mil hectares de produção agrícola. Visionário e celebrado por décadas, ele ajudou a transformar o Centro-Oeste brasileiro em potência mundial da soja. No auge, comandava 40 empresas, 11 pistas de pouso e mais de 25 mil funcionários.
Mas o que parecia uma história de sucesso eterno se transformou em um dos maiores colapsos corporativos já vistos. Ao morrer, Olacir deixou uma dívida estimada em US$ 1 bilhão — e um legado que hoje é estudado como exemplo de como decisões arriscadas podem arruinar até os maiores empresários.
O auge do império: aviões, usinas e milhares de funcionários
Durante décadas, Olacir foi celebrado como referência de empreendedorismo, um verdadeiro “Rei da Soja”. O empresário chegou a comandar 40 empresas, administrando mais de 300 mil hectares de terras, 11 pistas de pouso, frota de aviões, helicópteros, usinas, além de gerar emprego para mais de 25 mil pessoas.
Seu principal símbolo era a Fazenda Itamarati, localizada em Mato Grosso do Sul, considerada uma das maiores áreas de produção de soja do mundo. À frente dela, Olacir ajudou a transformar o Centro-Oeste brasileiro em potência agrícola.
No entanto, por trás do brilho, havia riscos que ele não controlava.
A aposta ambiciosa na Ferronorte
O ponto de virada da sua história começou com um projeto grandioso: a FerroNorte, ferrovia criada para escoar a produção agrícola do Centro-Oeste. Com uma concessão de 90 anos, o plano parecia perfeito para dar autonomia logística ao agronegócio da região. Olacir chegou a investir 200 milhões de dólares de recursos próprios, acreditando que teria o apoio necessário do Estado para concluir a obra.
Mas a dependência política revelou-se fatal. O governo de São Paulo havia prometido entregar, em dois anos, uma ponte ferroviária que ligaria a FerroNorte à malha nacional. A ponte, no entanto, demorou sete anos para ser concluída. Nesse intervalo, os trens não rodaram, a produção não escoava e a receita nunca chegou. Enquanto isso, os custos de manutenção, salários e financiamentos cresciam de forma impiedosa.
O que deveria ser o auge da sua trajetória, transformou-se em um buraco negro financeiro na história do agronegócio.

Dívida crescente e queda inevitável
Com os atrasos, a dívida explodiu. Olacir tentou resistir vendendo fazendas, aviões, usinas e até o banco que havia fundado. Mas nada foi suficiente. A Fazenda Itamarati, seu maior símbolo, acabou vendida ao Incra para assentar famílias do MST — uma ironia cruel para quem revolucionou o agronegócio brasileiro.
O império, que já empregara milhares de pessoas, se transformou em um escombro corporativo para o Rei da Soja.

O erro fatal: confiança em promessas políticas
Segundo especialistas, o colapso de Olacir não ocorreu por má gestão ou incompetência. Pelo contrário, ele era considerado um empresário inovador e de visão. O que o derrubou foi a confiança excessiva em cronogramas estatais, promessas políticas e compromissos que nunca se concretizaram.
Ele não perdeu por falta de competência, mas porque subestimou os riscos invisíveis de depender do que não podia controlar.
Olacir de Morais teve um fim solitário e trágico
A derrocada ainda guardava um capítulo sombrio. Já fragilizado, Olacir foi envolvido em novas ilusões de negócios, inclusive uma promessa de se tornar “rei do minério” na Bolívia. O enredo terminou de forma trágica: ele foi assassinado pelo próprio motorista, que alegava tentar salvá-lo de mais um golpe milionário.
Sem fortuna e sem manchetes de glória, o empresário morreu sozinho em um hospital, deixando para trás não apenas dívidas, mas também uma história que se transformou em aula obrigatória para quem deseja evitar a falência.
A lição que fica com o legado do Rei da Soja
O legado de Olacir de Morais, o Rei da Soja, vai além da soja. Sua trajetória mostra que não é o tamanho de uma empresa que a protege, mas o grau de controle sobre suas variáveis críticas. Se um negócio depende de decisões políticas, prazos públicos ou promessas não assinadas, ele não é uma empresa, mas uma aposta.
A história do “Rei da Soja” é um lembrete duro, mas essencial: crescer rápido demais sem blindar riscos estruturais pode transformar um império em ruínas.
Fonte: CompreRural
Texto original: https://www.comprerural.com/rei-da-soja-morre-devendo-us-1-bilhao-mas-deixa-um-legado/
Unidade localizada às margens da rodovia Raposo Tavares reforça protagonismo do grupo com portfólio diversificado de ingredientes derivados do milho
A Tereos Amido & Adoçantes Brasil celebra neste domingo (07/09) os 14 anos da unidade de Palmital, no interior de São Paulo, sede da divisão no país e referência no processamento de milho para produção de amidos, xaropes e outros ingredientes derivados da matéria-prima. A inauguração da unidade, em 2011, marcou a entrada do grupo no mercado brasileiro de amidos.
Hoje, a Tereos Amido & Adoçantes Brasil é a terceira maior produtora de amidos nativos, xaropes, proteína vegetal e óleo de milho do país, com um portfólio diversificado que atende às mais variadas aplicações nos mercados de produtos alimentícios, nutrição animal e não-alimentícios, como papel e papelão, cosméticos, têxtil, home care, construção, entre outros.

A atuação da Tereos no segmento de amidos é consolidada mundialmente. A companhia mantém cinco unidades industriais do setor no mundo e, no Brasil, os ingredientes produzidos são destinados a clientes de todo o país além de África, América Latina, América do Norte e Ásia.
Anualmente, são processadas mais de 220 mil toneladas de milho, resultando em produtos que abastecem setores como bebidas, lácteos, panificação, molhos, sopas, doces, confeitos, foodservice e ainda segmentos farmacêuticos, agroquímicos e de papel e papelão.

“Com a celebração de mais um ano de atuação, reafirmamos nosso papel de destaque no fornecimento de ingredientes de qualidade para mercados variados, contribuindo para atender demandas atuais e futuras de diferentes indústrias. A conquista também reforça nossa trajetória de sucesso construída ao lado de nossos colaboradores e as comunidades ao nosso redor”, reforça o diretor-geral da Tereos Amido & Adoçantes Brasil, José Gutierrez.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Tereos
Reconhecimento consolida a trajetória da companhia e reforça seu compromisso com um ambiente de trabalho positivo
A Tereos Brasil foi reconhecida, mais uma vez, com o selo Great Place to Work (GPTW), certificação que destaca as melhores empresas para trabalhar no país. O reconhecimento consolida a trajetória da companhia, que já acumula quatro anos consecutivos entre as melhores com a Tereos Açúcar & Energia Brasil e cinco anos seguidos com a Tereos Amido & Adoçantes, instalada em Palmital, reforçando a solidez de sua cultura organizacional.
Mais do que uma conquista institucional, o resultado reflete o compromisso da Tereos com seus valores e, principalmente, com as pessoas. A empresa acredita que construir um ambiente saudável, inclusivo e motivador é essencial para o desenvolvimento dos colaboradores e para o crescimento sustentável do negócio.
Além disso, a empresa foi reconhecida como uma das 10 Melhores Empresas para se trabalhar do Interior Paulista e, também, foi destaque em Saúde Mental pela Great People Mental Health.
Sobre a Tereos
Com visão de longo prazo no processamento de matérias-primas agrícolas e desenvolvimento de produtos alimentícios de qualidade, a Tereos é uma das líderes nos mercados de açúcar, álcool/etanol e amidos. Os compromissos do Grupo com a sociedade e com o meio ambiente têm contribuído com a performance da companhia no longo prazo, enquanto reforça nossa atuação responsável. O Grupo cooperativo Tereos reúne 10.700 agricultores e possui expertise reconhecida no processamento de beterraba, cana- de-açúcar, cereais e batata. Com operação em 14 países, 38 unidades industriais e o compromisso de 15.600 colaboradores, a Tereos atende seus clientes em seus mercados locais, com uma oferta ampla de produtos. Em 2024/25, o Grupo obteve um faturamento de €5,9 bilhões.
Tereos no Brasil
A Tereos no Brasil é composta pela Tereos Açúcar & Energia Brasil, Tereos Amido & Adoçantes Brasil e Tereos Commodities Brasil. No noroeste do Estado de São Paulo, a Tereos Açúcar & Energia Brasil concentra suas sete unidades de processamento e duas refinarias. A Tereos Amido & Adoçantes Brasil, com operação em Palmital (SP), diversifica o portfólio da Tereos Brasil com a fabricação de produtos derivados de milho. A Tereos Commodities opera como trading e possui escritórios em diversos países.
Para saber mais, acesse: https://br.tereos.com/pt-pt/ ou https://br.linkedin.com/company/tereos.
Fonte: Assessoria de Comunicação Tereos
Bruno Garcia Moreira, presidente da Assocana, fala sobre desafios do clima para a produção canavieira na região
O agricultor e ruralista Bruno Garcia Moreira, presidente da Associação Rural dos Fornecedores e Plantadores de Cana do Vale do Paranapanema (Assocana), comentou a situação climática desafiadora de 2025 e os reflexos dos fenômenos para a próxima safra de cana-de-açúcar. O objetivo da análise, publicada no Boletim Semanal da entidade divulgado na última segunda-feira (25/08), é orientar os produtores da região, que inclui Palmital e os municípios da Comarca, e fomentar o debate para medidas que evitem maiores problemas ao setor.
Segundo Bruno Garcia Moreira, embora a região teoricamente sempre tenha geadas no inverno, faz muito tempo que não se presenciava uma constância tão incomum de frio desde o início da estação. O primeiro episódio de geada ocorreu no final de junho, afetando os canaviais de forma geral. No entanto, como estava no começo da safra, o impacto recaiu mais sobre a cana que ainda seria colhida, e as indústrias tiveram que realizar um processo mais complexo para retirar essa cana atingida.
“Essa geada não afetou todas as áreas igualmente, havendo produtores mais ou menos impactados, e alguns até não foram afetados”, recordou Bruno, que assumiu em janeiro a presidência da Câmara Setorial de Açúcar, Etanol e Bioenergia do Estado de São Paulo e também integra o colegiado da Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana). Outro episódio de formação de gelo com mais intensidade, segundo ele, ocorreu entre 8 e 10 de agosto.
De acordo com Bruno, a segunda onda de geada foi mais intensa que a de julho e afetou significativamente a cana soca – aquela colhida em maio e junho – que já apresentava boa brotação, com 30, 45 ou até 60 dias pós-colheita. “Há relatos de vários produtores de que essa cana soca foi muito afetada, chegando a queimar talhões inteiros”, destacou o presidente da Assocana.
Bruno disse que a cana afetada pela geada de agosto perdeu um bom período vegetativo, entre 40 e 60 dias, e agora terá que recomeçar a brotação com o início das chuvas. “Diante disso, imaginamos que essa perda de período vegetativo deve trazer um problema de produtividade”, avaliou ele, considerando o cenário atual como preocupante e com perspectiva de impactar na queda de produção para a safra 26/27.
Apesar da preocupação, Bruno ressalta que ainda é cedo para discutir a dimensão exata da provável perda de produtividade, pois a entrada em um período chuvoso normal – com bastante chuva – e a capacidade dos produtores de realizarem manejos específicos para auxiliar o processo vegetativo, podem amenizar a situação lá na frente. “A associação irá monitorar de perto essa situação nos próximos meses para buscar melhorar o quadro com o clima futuro”, finalizou o presidente da Assocana.
Geada da semana passada surpreende produtores e causa prejuízos em áreas de cana-de-açúcar de Palmital
O amanhecer do domingo de Dia dos Pais, 10 de agosto, trouxe um cenário inesperado para alguns produtores da região. Temperaturas que variaram entre -2°C e 5°C atingiram áreas de cana-de-açúcar e ocasionaram a formação de geadas, provocando danos significativos e exigindo estratégias emergenciais para recuperação das lavouras.
De acordo com o Departamento Agrícola da Associação Rural dos Fornecedores e Plantadores de Cana do Vale do Paranapanema (Assocana), diversos associados relataram impactos das geadas registradas no início do dia. Um dos casos mais preocupantes foi informado pelo agrônomo Ademir Moura, responsável pelo Grupo Finotti Agrícola, em Palmital, onde a mínima foi de 3,4°C.
“Só este ano já registramos seis geadas, das quais três mais fracas e outras três mais fortes, que chegaram a causar danos consideráveis. A primeira geada forte matou a brotação da cana, que já estava com cerca de 60 dias. Quando a planta começava a se recuperar, tivemos novamente três dias consecutivos de baixas temperaturas, e a brotação morreu outra vez”, contou Ademir.
Apesar das perdas, o agrônomo afirma que não desistirá da área. A estratégia será aguardar a nova brotação e aplicar aminoácidos para estimular o fortalecimento rápido das plantas. “É uma tentativa. Agora, a esperança é de que outubro traga boas chuvas para minimizar os impactos”, completou Ademir.
De acordo com a Assocana, também há relatos de áreas de cana atingidas por geadas na região do Vale Paranapanema. Conforme a entidade, os registros da ocorrência de formação de gelo em canaviais são de Echaporã, Maracaí e Cândido Mota — nesta última, mais especificamente na região da Água do Pary-Veado, que fica na divisa com o município de Palmital.
Segundo técnicos da Assocana, o problema se agrava em áreas de canas cortadas no início da safra, em abril, que já haviam sofrido geadas anteriores. “Nesses casos, as plantas perderam aproximadamente três meses de crescimento, o que deve obrigar a antecipação do corte na próxima safra. Essa prática, embora necessária, pode comprometer a produtividade e impactar o rendimento dos canaviais, devido a idade fisiológica”, diz trecho de nota da entidade.