O governo brasileiro está importando arroz por causa da quebra de safra no Rio Grande do Sul. O que impressiona é que o governo quer fornecer o arroz tabelado e abaixo do preço de mercado.
De certa forma, essa intervenção no mercado vai representar um desestímulo à plantação de arroz no Brasil, porque os agricultores terão prejuízos. Ao fazer esse tabelamento, que desestimula o plantio, possivelmente ficaremos dependentes da importação de arroz, quando somos autossuficientes e exportadores. Isso representa uma intervenção semelhante àquela que vimos Nicolás Maduro fazer na Venezuela, quando resolveu vender a gasolina tão barata e muito abaixo do preço de mercado. Apesar de o país ter a maior reserva de petróleo do mundo, a medida desestruturou toda a indústria petrolífera do paí s.
Sempre que se intervém no mercado, desestimula-se a produção. Intervenções geram a sensação de que os preços se tornam estáveis, mas há naturalmente desemprego decorrente daqueles que não continuarão a trabalhar no ramo onde ocorreu, destacadamente no caso do controle de preços.
Os congelamentos de preços no Brasil (planos Cruzado, Bresser e Collor) sempre foram um fracasso. Mesmo na Argentina houve congelamento de preços (Plano Primavera). Todos fracassaram. Aliás, há 4 mil anos o congelamento de preços fracassa, pois está no Código de Hamurabi, o primeiro registro de congelamento na história, que não deu certo. Tivemos, ainda, em 300 d.C. um congelamento praticado por Diocleciano em Roma, que também fracassou.
Congelar o preço, desestimulando a produção nacional e tendo que se comprar, eventualmente, mais caro para se vender mais barato, é intervenção no mercado que nunca deu certo.
Além disso, no caso brasileiro, está se importando uma fantástica quantidade, com queima de divisas, quando asseguram muitos especialistas do setor que a produção nacional ainda pode garantir o consumo interno.
Isso preocupa os produtores brasileiros, pois se eles deixarem de produzir, em vez de termos o arroz como gerador de divisas, o teremos como um consumidor de divisas.
A melhor forma de baixar preços é produzir e produzir muito, de tal forma que a quantidade permita a redução de preço. Se adotarmos no Brasil a “Arrozbrás”, intervenção típica de regimes esquerdistas e que nunca deu certo, corremos o risco de ver mais um fracasso da nossa economia.
Precisamos que todos aqueles que conhecem o assunto pressionem o Congresso Nacional para que tenhamos liberdade no setor, até porque o artigo 174 da Constituição Federal declara que o planejamento econômico é indicativo para o setor privado, mas não pode ser obrigatório.
No momento, entretanto, em que se congela o preço do arroz, se torna obrigatório. Aqueles que não praticarem o mesmo preço não poderão vender sua mercadoria, e se esses preços tabelados não compensarem, desestimular-se-á a continuidade da produção de arroz no Brasil.
Ives Gandra da Silva Martins é professor emérito das universidades Mackenzie, Unip, Unifieo, UniFMU, do Ciee/O Estado de São Paulo, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), Superior de Guerra (ESG) e da Magistratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região, professor honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia), doutor honoris causa das Universidades de Craiova (Romênia) e das PUCs PR e RS, catedrático da Universidade do Minho (Portugal), presidente do Conselho Superior de Direito da Fecomercio -SP, ex-presidente da Academia Paulista de Letras (APL) e do Instituto dos Advogad os de São Paulo (Iasp).
Opinião
Retrocesso econômico e revogação da desoneração da folha – Ives Gandra Martins
O governo gasta mal e pretende economizar da pior forma ao atingir o próprio desenvolvimento com perspectiva de demissões
A derrubada de veto do projeto de lei aprovado sobre desoneração da folha de pagamento (PL 334/23), por maioria absoluta (mais de 50% dos parlamentares do Congresso Nacional), garantiu às empresas e às prefeituras, até 2027, um regime assegurador de empregos, desenvolvimento econômico e governabilidade de municípios.
O Congresso, representando 156 milhões de eleitores, ou seja, a totalidade das correntes políticas, com oposição e situação nele com assento, atendeu, na sua competência exclusiva de legislar, os anseios do povo.
A Suprema Corte, eleita por um homem só, através de um único ministro, todavia, suspendeu a vontade do povo manifestada por seus representantes, a pedido do presidente da República que, por sua vez, tem demonstrado fantástica capacidade de gastar aleatoriamente, gerando déficits permanentes nas contas públicas.
Essa vocação de gastar sem se preocupar com o equilíbrio das finanças estatais tem sido duramente criticada pela imprensa, pelas agências de rating e pelo Banco Central, visto que, pela falta de equilíbrio financeiro, resta ao Brasil o combate à inflação apenas pelo remédio amargo da política monetária e juros elevados.
O governo federal, todavia, gasta mal e pretende economizar à custa do sacrifício do setor privado que mais emprega, assim como da geração de descompasso orçamentário em grande número de municípios.
Gasta mal e pretende economizar da pior forma ao atingir o próprio desenvolvimento com razoável perspectiva de demissões elevadas, cujos desempregados tenderão a ser sustentadas pelo Bolsa Família. Propõe, portanto, a redução de empregos e o aumento de dependentes do erário.
Apesar de a Suprema Corte, com sete ministros indicados pelo Partido dos Trabalhadores, já ter sinalizado que manterá a decisão interventiva na lei do Congresso Nacional, e de nenhum dos bons juristas ser economista de expressão naquela Corte, está legislando mais uma vez no lugar do Poder Legislativo.
Resta sempre a esperança de que o próprio presidente da República reconsidere sua posição e, em conjunto com o Parlamento, reformule seu entendimento em medida provisória, restabelecendo o decidido no Congresso e enterrando a deletéria pretensão que afeta empresas, municípios e, principalmente, trabalhadores.
Talvez, ao perceber a prejudicial atitude do Executivo, seus ministros da área econômica possam mostrar que, até politicamente, em face das próximas eleições municipais, seu posicionamento tem que ser mudado!
Quando me lembro do saudoso amigo Roberto Campos, que em frases gráficas definia situações, não poucas vezes penso em seguir suas manifestações, parafraseando-as. Por isso, termino este artigo com esta apropriação de sua visão para o Brasil de hoje. É que ao ver todos os erros contra o desenvolvimento do País que o veto presidencial e seu recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) provocaram, sou obrigado a reconhecer que “a incompetência no Brasil tem um passado glorioso e um futuro promissor”.
Ives Gandra da Silva Martins – Professor emérito das Universidades Mackenzie, Unip, Unifieo e UNIFMU, do CIEE do Estado de São Paulo, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), Superior de Guerra (ESG) e da Magistratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região, é presidente do Conselho Superior de Direito da FecomercioSP.
Recentemente, participei do XXXVII Congresso de Direito Tributário, promovido pelo Instituto Geraldo Ataliba – IDEPE, em que analisei, ao lado dos melhores tributaristas do Brasil, a reforma tributária em curso.
Quero trazer aos leitores parte da preocupação que externei em minha palestra. Tenho a impressão, pela forma como reagiu o auditório, que os presentes também demonstram a mesma apreensão.
Todas as notícias propaladas pelos veículos de Comunicação são no sentido de que teremos uma simplificação do sistema tributário advinda da reforma.
Simplificação significa que, do sistema extensivo atual, deveremos ter um sistema muito mais simples, mais compreensível.
Contudo, o que ocorre? A Emenda 132, da Constituição Federal, criou três vezes mais dispositivos do que o sistema atual. Acho muito difícil algo simplificar aumentando o número de dispositivos a serem interpretados.
Revelei a minha grande preocupação, quando o projeto foi aprovado, no ano passado, no Congresso, pois não é possível falar em simplificação se, em nível constitucional, há um aumento considerável de três vezes mais disposições do que se tinha no sistema anterior.
De qualquer forma, ficamos dependentes das disposições dos novos projetos que estão sendo encaminhados.
O primeiro assusta. Para regular 1/3 do novo sistema e substituir em parte o CTN (Código Tributário Nacional) – que possui 218 artigos para disciplinar todos os tributos -, temos um projeto de 360 páginas e 499 artigos!!!
O que vale destacar é que o nosso Código Tributário, discutido durante 15 anos e que vigorou até agora, tem, repito, 218 artigos, enquanto apenas uma das leis complementares que visam simplificar o sistema tem 499 artigos. E não é a única, teremos outras.
Importante também salientar que, para que se avalie se o sistema vai dar certo ou não, até 2032, quando entrará em vigor, primeiro o CBS em 2026 e depois o IBS, em 2029, teremos dois sistemas vigorando: o atual complexo e caótico, e o novo que terá que ser estudado com três vezes mais disposições constitucionais e com o primeiro dos projetos regulamentadores com 360 páginas e 499 artigos.
Acredito que enfrentaremos um processo extremamente complicado.
As empresas necessitarão manter seu atual sistema de controle ao lado de um novo regime. Somente para aplicar o novo sistema com tantos artigos e tantas disposições haverá, certamente, que acrescentar uma nova equipe especializada.
Assim, para simplificar e manter-se até 2032, os dois sistemas juntos, a vida será mais difícil para as empresas. Estou falando do mandato do atual presidente, daquele que vai substituí-lo de 2027 a 2030, e do outro que presidirá o Brasil a partir de 2030. Durante todo esse tempo teremos os dois sistemas juntos. Alerto, pois, para a insegurança juridica que tudo isso trará.
Quero trazer um último aspecto neste artigo, dentre os outros que abordei em minha palestra: todos os Estados e Municípios médios e grandes que são chamados exportadores líquidos de bens e serviços, pois passam para os outros Estados mais mercadorias e mais serviços do que recebem, como a incidência será no destino e não mais grande parte na origem, uma parte menor no destino, perderão receita.
Os que vão ganhar ficarão muito satisfeitos, os que vão perder serão compensados pela União, na medida das suas perdas. A União deverá destinar, teoricamente, todo ano R$ 60 bilhões tanto para cuidar das suas perdas quanto para financiar outras finalidades. Terá, portanto, que destinar todo esse enorme montante para compensar quem vai perder. Será suficiente? Não se sabe.
Se uns ganham, outros não perdem, e a União precisa repassar R$ 60 bilhões, de quem é que ela retirará o recurso? Ou do aumento de tributação ou de endividamento público.
Então, apesar de querer aceitar a reforma, cada vez mais chego à conclusão de que nós corremos o risco de entrar em um caos tributário e, creio que por essa razão, eles estabeleceram o ano de 2032 para ver se tudo vai correr bem. Esta é a ideia que levou a manter o atual sistema com o novo sistema e à medida que se reduzirem as alíquotas do antigo, aumentar-se-ão as do novo.
Em outras palavras, a sensação que tenho é que corremos o risco, em 2032, – evidentemente, com 89 anos, eu não estarei aqui para ver, mas todos os leitores poderão constatar -, de continuação do velho sistema, porque o novo não deu certo.
Me sinto como naquela piada, pedindo perdão ao meu anjo da guarda por brincar com aquele que é meu protetor e cada um de nós tem um seu anjo da guarda.
É a história daquele cidadão que vem em alta velocidade em um carro, há um sinal amarelo e ele pergunta ao anjo da guarda, vou ou não vou? E ouve do anjo: “vai que dá”. E quando ele está no meio do caminho, vem uma jamanta e as últimas palavras que ele ouviu ainda vivo foi do anjo da guarda, que dizia: “não deu, não”.
Tenho receio que chegaremos em 2032 e concluiremos que “não deu não” e vamos continuar com o velho sistema.
É bem possível que às minhas objeções os sábios da reforma respondam, como Hegel a um discípulo, quando confrontado entre suas ideias e os fatos, “Pior para os fatos”.
Ives Gandra da Silva Martins é professor emérito das universidades Mackenzie, Unip, Unifieo, UniFMU, do Ciee/O Estado de São Paulo, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), Superior de Guerra (ESG) e da Magistratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região, professor honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia), doutor honoris causa das Universidades de Craiova (Romênia) e das PUCs PR e RS, catedrático da Universidade do Minho ( Portugal), presidente do Conselho Superior de Direito da Fecomercio -SP, ex-presidente da Academia Paulista de Letras (APL) e do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp).
Por Bruna Lima Belordi
O Abril Azul, que se encerra na próxima semana, foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas, ONU, como uma forma de conscientizar as pessoas sobre o autismo e garantir visibilidade ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS – uma em cada 160 crianças no mundo tem TEA.
No abril Azul, elevamos a consciência sobre o autismo e reforçamos o compromisso com a inclusão e a garantia de direitos. Você conhece as proteções legais asseguradas às pessoas com Transtorno do Espectro Autista?
O diagnóstico de autismo é o começo de uma jornada que também passa pelo reconhecimento e exercício de direitos. A legislação brasileira assegura proteção e atenção integral às necessidades de pessoas com Transtorno do Espectro Autista. Acesso à educação, saúde e inclusão social são pilares fundamentais.
A legislação brasileira contempla direitos específicos para pessoas diagnosticadas com autismo, desde a Resolução nº 3.956/11, que assegura atendimento prioritário em serviços diversos, até a Lei Berenice Piana (Lei nº 12.764/12) que criou a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista e determina que são garantidos os mesmos direitos previstos para as pessoas com deficiência.
Além destas políticas públicas mais abrangentes, vale destacar alguns direitos que regulam questões mais específicas do cotidiano, como redução de jornada de trabalho sem redução salarial de servidores públicos com filhos autistas; Benefício da Prestação Continuada (BPC); educação especial e o atendimento educacional especializado, dentre outros direitos.
Mais que uma campanha, o Abril Azul se estabelece como um movimento de celebração à diversidade e promoção da inclusão. Contudo, a conscientização é apenas o primeiro passo nessa jornada para construir uma sociedade mais inclusiva.
As muitas apreensões de drogas em grandes quantidades nas rodovias e as fracionadas com os pequenos traficantes mobilizam enorme aparato policial, grande quantidade de viaturas, armas e equipamentos, seguidas dos trabalhos de Polícia Judiciária e depois do próprio Judiciário, com bastante esforço conjunto para caracterizar os crimes e punir exemplarmente os criminosos. As operações são repercutidas pelos veículos de comunicação e aplaudidas por grande parcela da população que reconhece o trabalho considerado como de defesa dos jovens que eventualmente podem ser cooptados pelo vício.
Não obstante à boa intenção em coibir a produção, o tráfico e a comercialização de drogas, é bom lembrar que essa indústria perigosa, mas muito rentável, só funciona porque existem os consumidores que buscam os produtos ilícitos em qualquer condição e, assim, satisfazem o vício e alimentam a rede criminosa que se forma para atender a demanda crescente. Comprovando o aumento de usuários de todos os tipos de entorpecentes, naturais ou químicos, basta verificar a proliferação das chamadas “cracolândias” e daqueles que fazem uso de forma discreta, além dos que roubam e até matam para manter o vício.
“…não é o traficante que alimenta o tráfico, mas sim o usuário…”
Considerando que não é o traficante que alimenta o tráfico, mas sim o usuário, pois enquanto houver consumidor haverá fornecedor, e que as apreensões e prisões causam prejuízos aos criminosos e inflacionam o produto final, incentivando a entrada de outros interessados em busca de mais lucro, é necessário que as formas de combate às drogas sejam revistas. Afinal, os entorpecentes ilícitos ou lícitos, como a maconha, a cocaína, o cigarro e as bebidas alcoólicas, sempre estiveram presentes em todos os tempos e em todos os povos, comprovando que, mesmo combatidos, são sempre acessíveis e muito usados.
Diante de séculos de convivência com todos os tipos de alucinógenos, incluindo aqueles legalizados, muitos usados como medicamentos, os chamados tarja pretas, que também viciam e causam dependência, chega-se à conclusão que é impossível evitar o consumo. Assim sendo, todo o dispêndio de recursos humanos e materiais alocados contra o tráfico de drogas poderiam ser direcionados à educação e à cultura dos povos para que todos possam conhecer os malefícios ou possíveis benefícios e até mesmo discernir sobre usar ou não e na quantidade ideal, pois o enorme trabalho de combate é absolutamente inútil.
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A contagem do tempo, determinada pelo calendário que usamos atualmente, serve para a organização da sociedade e foi estabelecido a partir da relação astrofísica entre o sol e a terra, desde quando os movimentos foram identificados e quantificados, há mais de 3 mil anos antes de Cristo. Apesar de todos os meios e ferramentas disponíveis para sua demarcação, o tempo se mede mais na forma de sentir, de pensar e de agir do humano que, diferente dos outros animais, é guiado pelo conhecimento adquirido nas seguidas gerações e não pela intuição ou simplesmente pelo instinto, muito menos pela biologia.
Diferente de outras espécies, guiadas pelo próprio metabolismo e reagindo às mudanças do cotidiano, como dia e noite, frio e calor, chuva ou sol, o ser humano criou sua forma própria de viver e de conviver, seguindo mais o calendário do que as reações do corpo, da mente ou da atmosfera. Assim, com o domínio do calendário, sentimo-nos donos do tempo que, inexplicavelmente, nos foge ao controle nas mais diversas situações, como na rapidez da longa bonança de saúde e alegria e na insuportável demora da mais fugaz tristeza e dor, comprovando que ele atua nos sentidos e não pelo conhecimento.
“…rapidez da longa bonança de saúde e alegria e na insuportável demora da mais fugaz tristeza…”
Mesmo como seres de comportamento adestrado para as regras sociais e temporais, com os sentidos dominados pelos acontecimentos definidos pelo calendário adaptado ao pouco conhecido metabolismo do universo, reagimos de forma diferente diante de cada momento, de cada dia, ano ou década. O amadurecimento emocional e o aprendizado são bastante desiguais para as pessoas únicas em formação e formatação física, mental e metafísica, ou espiritual, o que nos obriga a buscar a evolução sensorial para que o tempo que, medido ou sentido, seja mais benéfico e do que maléfico à nossa necessária evolução.
Mesmo segregados ao calendário, às regras sociais, às convenções criadas a partir das necessidades humanas ou simplesmente para que haja controle sobre as ações e reações, podemos e devemos agir com equilíbrio e em busca do domínio dos próprios sentidos para alcançar nível superior de autoconhecimento. Como data convencionada, o Ano Novo que se inicia na próxima segunda-feira, dia 1º de janeiro de 2023, conforme previsto pelo calendário gregoriano, é mais uma oportunidade para a evolução que pode nos tornar mais próximos e semelhantes ao nosso Criador. Feliz Ano Novo com vida nova.
As urnas eletrônicas brasileiras, projetadas e construídas no Brasil por brasileiros e para os brasileiros, atendendo as características e necessidades únicas do país, sem influência ou tecnologia estrangeira no sistema eleitoral, são, certamente, a maior conquista da democracia nacional em toda a história.
Entretanto, cumprindo a sina do “complexo de vira-latas”, descrito pelo jornalista Nelson Rodrigues em 1958 como “a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo”, o moderno sistema está sendo questionado.
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As arcaicas e ultrapassadas cédulas de papel depositadas em urnas de lona, pelo chamado voto impresso, temerosamente contadas a mão, ainda são reivindicadas por um grupo político retrógrado, que aposta no caos como meio de alcançar visibilidade, ou quem sabe pelo déficit intelectual que não permite aceitar a modernidade.
Por outro lado, um enorme número de eleitores ditos letrados, que fazem transações financeiras eletrônicas e se informam pelas plataformas da internet, teimam em replicar as sandices deste negacionismo absurdo, seja por mero capricho ideológico ou por desvio de caráter ao, propositadamente, avalizar o atraso.
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“…o voto eletrônico é adotado por
pelo menos 46 nações…”
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Para quem não sabe ou não quer que seja divulgado, o Instituto para Democracia e Assistência Eleitoral Internacional (Idea) – uma organização intergovernamental que apoia democracias sustentáveis em todo o mundo, atesta que o voto eletrônico é adotado por pelo menos 46 nações, o que é corroborado por várias agências de checagem internacional.
Até os Estados Unidos, citados como exemplo de país que utiliza voto em papel, tem 16 de seus estados que fazem eleições eletrônicas, sem a emissão de qualquer boletim impresso, como hoje é a tendência mundial nas nações evoluídas.
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Portanto, as urnas eletrônicas brasileiras, exemplo de modernismo, rapidez, eficiência e confiabilidade, que deveriam ser motivo de orgulho da indústria tecnológica nacional, sofrem questionamentos torpes e indignos, absolutamente insustentáveis, sem que os detratores tenham qualquer pudor em manifestar o retardo explícito.
Como já sabemos, o Brasil é dividido em duas pátrias, uma que trabalha, produz, evolui e paga impostos, e outra que vive do trabalho e dos impostos alheios e que tudo faz para manter essa condição de divisão eterna, pois nossas modernas urnas são carregadas de nomes antiquados.
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Quase 30% dos brasileiros já estão em situação de estresse financeiro – estão gastando suas economias ou já se endividaram para pagar as contas do dia a dia.
O mundo anda cercado de incertezas sobre o futuro da pandemia do novo coronavírus. Além de todos os impactos que vêm sendo vistos na saúde pública, a saída para economia continua tão nebulosa quanto. O que começou a ser visto entre o final de abril e começo de maio é o reflexo dessa crise nos indicadores econômicos.
Entre esses dados, estão a queda da massa salarial do brasileiro, medida pelo IBGE, que teve queda de 1,3% no primeiro trimestre, e o desemprego no mesmo período, que chegou a 12,2%, atingindo 1,2 milhão mas de brasileiros. Com isso, uma pesquisa da FGV mostra que quase 30% dos brasileiros já estão em situação de estresse financeiro – isto é, já estão gastando suas economias ou jáse envidaram para pagar contas do dia a dia.
Neste episódio, os entrevistados são os professores de finanças do Insper, Ricardo Rocha, e da Faap, Virginia Prestes. Eles explicam como controlar o orçamento e dão dicas para reduzir os gastos, renegociar pagamentos e usar bem o crédito.
O que são podcasts?
Podcasts são episódios de programas de áudio distribuídos pela internet e que podem ser apreciados em diversas plataformas.
Os conteúdos podem ser ouvidos sob demanda, ou seja, quando e como você quiser!
Geralmente, os podcasts costumam abordar um tema específico e de aprofundamento na tentativa de construir um público fiel.
FONTE: G1
Militar especializado em segurança nacional e internacional e em missões de paz, já foi condecorado pelo Exército brasileiro; Pissolito vai escrever sobre as relações entre os países do Cone Sul e da América Latina
O coronel do Exército Argentino, Carlos Alberto Pissolito, de 60 anos, inicia hoje uma série de artigos como colaborador do JC. Ele vai ocupar espaço, na página 4 das edições dos sábados, que nos últimos anos foi cedido à advogada Bruna Lima, que brilhantemente abordou questões das relações trabalhistas.
Ainda que tenha em comum o sobrenome do diretor do JC, Cláudio Pissolito, e a origem familiar na mesma região do Veneto, na Itália, nao se confirmou qualquer grau de parentesco, mas os contatos propiciaram uma forte amizade.
CLIQUE E LEIA O PRIMEIRO ARTIGO PUBLICADO NO JC
Natural de Mendoza, onde vive atualmente, Carlos Pissolito estudou inicialmente no Colégio Santo Tomás de Aquino (Mendoza) e depois no Colégio San Calixto (La Paz, Bolívia). De volta à Argentina, ingressou no Colégio Militar da Nação e Escola Superior de Guerra (Argentina) e depois no Instituto de Política Mundial (Washington DC).
Em sua carreira como militar, serviu nas cidades de Uspallata (Mendoza), Campo de Mayo (Buenos Aires), Sarmiento (Patagônia), CABA (Buenos Aires), Toay e Santa Rosa (La Pampa), Rospentek (Patagônia), Rio Gallegos (Patagônia), Comodoro Rivadavia (Patagônia) e Mendoza. Como estudante e representante do Exército Argentino, morou em La Paz (Bolívia), Umn Qsar (Iraque), Skouriotissa (Ilha de Chipre) e Wahington DC.
Atualmente, Pissolito é o presidente da Associação Cascos Azules e membro do Centro de Estudos Estratégicos para Defesa e Segurança Nacional ‘Santa Romana’ e do Centro de Estudos Estratégicos da América do Sul da CGT. Também é fundador da ONG ‘Vistalba Segura’.
Como oficial do Exército argentino, foi diretor do Centro Argentino de Treinamento Conjunto de Manutenção da Paz (CAECOPAZ), onde treinou seis contingentes sul-americanos antes da MINUSTAH (Haiti), o que envolveu a geração da doutrina necessária para o emprego. Além disso, serviu nos EUA como militar adjunto daquele país e da ONU.
Como oficial de infantaria, Pissolito ocupou todos os cargos, desde chefe de seção até chefe do regimento. Durante sua estada na Escola de Infantaria, atuou como instrutor dos cursos de Comandos, Paraquedismo e Treinamento de Oficiais de Segurança e Serviços.
Se formou na Escola Superior de Guerra, onde obteve o título de oficial geral e o diploma em estratégia e administração. Nos EUA, concluiu uma pós-graduação em Políticas de Segurança Nacional, ministrada pelo Instituto de Política Mundial da Universidade de Boston.
Carlos Pissolito é palestrante regular em seminários sobre gestão complexa de crises e reforma do setor de segurança, nacional e internacional, e um dos fundadores da ALCOPAZ (Associação Latino-Americana de Centros de Operações de Paz). Também trabalhou como “parceiro” do projeto “Desafios”, patrocinado pela Academia Sueca “Folke Bernadotte”.
O militar argentino atuou como observador militar da ONU no Iraque (UNIKOM) e como oficial de operações do Setor 1 da UNFICYP, na ilha de Chipre. Por essa participação, foi premiado, duas vezes, com a medalha “A serviço da paz”.
Ele é o autor dos livros: “Prudência e arte militar” e “As forças armadas e outras operações além da guerra”. Também é colaborador regular de periódicos especializados em questões de defesa, nacionais e estrangeiras, e responsável pela tradução para o espanhol do livro “A Transformação da Guerra”, do professor Martin van Creveld.
BRASIL – Recentemente, o coronel Carlos Pissolito recebeu a “Medalha do Pacificador” do Exército Brasileiro por suas contribuições à fundação e organização do Centro Brasileiro de Forças de Paz. Ao coronel argentino Carlos Pissolito, segundo estrangeiro a colaborar com nosso humilde JC, oferecemos as boas vindas e manifestamos nossa imensa satisfação e honra pela sua participação.
![](https://jornaldacomarca.com.br/wp-content/uploads/2019/11/Carlos-pissolito-1-site.jpg)
Entrega do prêmio na Embaixada do Brasil em Buenos Aires. O Embaixador e o Adido Militar do Brasil aparecem na imagem.