O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a extradição do mariliense Rodrigo de Freitas Moro Ramalho, condenado a mais de 14 anos de prisão por participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
Há suspeitas de que ele esteja escondido na Argentina, e por isso, foi solicitada a tradução do processo para o espanhol.
Ramalho foi preso em flagrante durante as manifestações que resultaram na invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília (DF), nos dias 8 e 9 de janeiro.
Após sua prisão, ele obteve liberdade provisória mediante o cumprimento de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de deixar Marília e recolhimento domiciliar noturno e nos finais de semana.
Porém, em abril de 2024, o réu violou as condições impostas e deixou a bateria da tornozeleira descarregar.
Segundo a Vara de Execuções Criminais de Marília, sua esposa disse não saber o paradeiro dele desde a data e com isso, foi solicitada a prisão imediata do condenado.
Rodrigo de Freitas Moro Ramalho foi condenado por Abolição violenta do estado democrático de direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado de deterioração de patrimônio tombado.
Além da pena de reclusão, ele também foi condenado, junto de outros réus, ao pagamento solidário de R$30 milhões por danos morais coletivos. A decisão já transitou em julgado, não cabendo mais recurso.
Com a fuga e indícios de que Ramalho se encontra na Argentina, o STF acionou mecanismos de cooperação internacional para garantir sua extradição e o cumprimento da sentença.
Fonte: g1