Dia dos Namorados não é feriado e é celebrado em fevereiro no resto do mundo; saiba o que o pai de João Doria tem a ver com a data

Troca de presentes e declarações de amor devem marcar a quarta-feira (12/06) de alguns brasileiros. É que, no país, a data também é conhecida como Dia dos Namorados. Mas, para a tristeza não só dos apaixonados, não há previsão de folga do trabalho.

Apesar de ser uma celebração importante para o comércio, a data não é considerada feriado e nem ponto facultativo pelo governo federal.

Além disso, no resto do mundo, o dia de comemorar relacionamentos amorosos é em fevereiro: o Valentine’s Day (leia mais abaixo).

No Brasil, o Dia dos Namorados antecede o Dia de Santo Antônio, que é culturalmente conhecido como um santo casamenteiro, mas a origem da data em nada tem a ver com romance.

A celebração surgiu em 1948 a partir de uma necessidade comercial. O idealizador foi o publicitário João Dória, pai do ex-governador de São Paulo João Doria Jr.

Na época, ele havia sido contratado por uma loja que desejava melhorar o resultado das vendas em junho, aponta a Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP).

Além de ser o período de desaquecimento comercial, o 12 de junho foi escolhido também por anteceder o Dia de Santo Antônio.

Ex governador de São Paulo publicou um homenagem ao pai, criador do Dia dos Namorados no Brasil — Foto: Instagram/ Reprodução

Ex governador de São Paulo publicou um homenagem ao pai, criador do Dia dos Namorados no Brasil — Foto: Instagram/ Reprodução

A primeira campanha, que instituiu a data no país, tinha como slogan: “Não é só com beijos que se prova o amor!“.

Após a repercussão, outros comerciantes passaram a aderir à data, que logo “caiu do gosto” dos brasileiros.

“Foi uma ideia muito legal porque está intimamente ligada ao negócio. Segundo pesquisas, seis em cada dez brasileiros acham a data importante”, afirma o Antônio Fadiga, vice-presidente da ABAP.

Hoje, o Dia dos Namorados é a terceira data comemorativa mais importante para o comércio brasileiro, segundo o Sebrae.

Por que Santo Antônio é o santo casamenteiro?

A data escolhida para comemorar o Dia dos Namorados foi a véspera da celebração de Santo Antônio, famoso por ser o santo casamenteiro.

Também chamado de Santo Antônio de Lisboa, cidade onde nasceu em 1195, em Portugal, o santo tem uma ligação particular com a igreja no Brasil, onde três arquidioceses e 11 dioceses o tomam como padroeiro ou titular, segundo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O santo ganhou a fama de ser casamenteiro porque, em certa ocasião, intercedeu por uma jovem de Nápoles, no sul da Itália, que queria se casar, mas não tinha o valor do dote, explica o Padre Elílio de Faria Matos Júnior, da Arquidiocese de Juiz de Fora (MG).

Ao recorrer ao santo, segundo o padre, ele deu à jovem um bilhete que deveria ser entregue a um comerciante. Nele, estava escrito que o trabalhador precisava entregar à mulher moedas de prata equivalentes ao peso do bilhete.

“Julgando irrisório o peso do papel, o comerciante aceitou, mas, quando colocou o bilhete num dos pratos da balança, foi preciso colocar no outro 400 escudos de prata”, contou o padre, em entrevista ao g1 em 2022.

Foi então que, conforme a crença católica, o comerciante se lembrou de que havia prometido esse valor ao santo. Assim, a jovem recebeu a quantia e pôde se casar.

Desde então, muitos fiéis recorrem a Santo Antônio para que arranje o casamento, muitas vezes, adotando simpatias como virar o santo de cabeça para baixo, tirar o menino Jesus de seus braços, encontrar a medalha ou imagem no bolo, entre outras promessas.

Qual a origem do Valentine’s Day?

Nos Estados Unidos e na Europa, a comemoração semelhante ao Dia dos Namorados é o Valentine’s Day (Dia de São Valentim), em 14 de fevereiro.

Há várias histórias que cercam a origem da data, mas uma das mais famosas é a de um bispo, chamado Valentim, que, durante o século III, no Império Romano, realizava casamentos mesmo com a proibição do imperador.

À época, em função das guerras, o imperador Cláudio II cancelou as uniões porque acreditava que homens solteiros eram soldados melhores. Mas o bispo Valentim continuou celebrando casamentos e foi condenado à morte quando descoberto.

Fonte: g1

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