Falhas na rede elétrica

A energia elétrica chegou a Palmital por volta de 1913, junto com a Estrada de Ferro Sorocabana, pois os acampamentos de trabalhadores que atuavam na instalação dos trilhos produziam e utilizavam eletricidade a partir de geradores movidos a óleo diesel.

O empresário José Giorgi, responsável pela obra da ferrovia, criou a primeira empresa de produção e distribuição de energia da região, a Vale do Paranapanema, e construiu a primeira usina hidrelétrica, a Pary-Veado, próxima a Sussuí, para atender Assis e as cidades da região.

Passados mais de 110 anos, não se percebe muita evolução no sistema elétrico da região, que ainda sofre abalos das variações climáticas, mantém a fiação em postes, não faz blindagem dos cabos para melhorar a convivência com a arborização urbana e se distancia cada vez mais dos consumidores ao evitar o atendimento presencial.

O longo apagão energético havido em Palmital entre domingo e segunda-feira é revelador da falta de meios para manobras rápidas e de cuidado com a população que ficou sem energia por cerca de nove horas consecutivas, tempo muito longo para um serviço essencial que garante o conforto, a saúde e a vida de muita gente.

“…não se percebe muita evolução no sistema elétrico da região…”

As seguidas reclamações da poluição visual causada pelo excesso de fios nos postes, muitos deles já desativados, arrebentados ou pendurados sobre as ruas, assim como os estragos feitos nas árvores mutiladas para evitar contato com a rede elétrica são exemplos emblemáticos de um serviço monopolizado que não oferece a devida contrapartida em cuidados.

Até mesmo os necessários espaçadores de cabos, que começaram a ser instalados recentemente, são insuficientes para evitar curto-circuito nas redes áreas envelhecidas e, em alguns casos, com as pontas enroladas sobre postes.

Entre os detalhes que mostram o atraso da infraestrutura de distribuição de energia elétrica, uma informação da própria empresa envolvida no apagão chama a atenção, pois mostra uma possível falha na rede que serve Palmital.

A empresa ISA Energia Brasil, que sucedeu a Cteep, fornecedora de serviços de eletricidade e de serviços para a Energisa, citou em “nota de esclarecimento” que “a subestação da distribuidora não possui conexão com outro circuito disponível”, o que teria motivado a demora no restabelecimento da energia em Palmital, diferente de outras cidades onde voltou alguns minutos depois, em particularidade que merece verificação.

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Cláudio Pissolito

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