Falta de inseticida deverá interromper nebulização contra a dengue

Governo federal anunciou que estoque do produto malathion esgotou devido a problemas de gestão no governo anterior; Sucen orientou reforço no combate a criadouro do mosquito

 

Saúde JC

 

A Secretaria de Saúde da Prefeitura de Palmital informou, na quinta-feira, que os trabalhos de nebulização contra o mosquito Aedes aegypti deverão ser suspensos a partir da próxima semana, mesmo com a confirmação de eventuais novos casos da doença em Palmital. A medida se justifica na falta do produto Komvector, que usa como base o inseticida malathion, o único fornecido pelo Ministério da Saúde para o combate ao inseto que transmite a dengue, o zika vírus e a febre chikungunya.

Segundo a secretária de saúde, Daniele Andrade dos Santos, a situação foi apresentada na terça-feira por meio de Nota Informativa do Ministério da Saúde, que alegou falhas na gestão dos insumos constatadas a partir de janeiro e que teriam sido originadas na gestão anterior, fazendo com que o restante dos estoques disponíveis tivesse sido distribuído durante o mês de abril. Diante da situação, foi feito encaminhamento na quinta-feira de ofício da Sucen de Marília aos municípios da região relatando a situação e solicitando a intensificação dos trabalhos de bloqueio aos criadouros.

Daniele informou que a Secretaria de Saúde de Palmital conta com pequena quantidade do inseticida para nebulizações até a próxima semana. Na quinta-feira e ontem, a equipe de Controle de Endemias realizava o trabalho de oito quadras na área das imediações da Rodoviária, passando pela entrada do recinto do rodeio e chegando ao Fórum da Comarca, devido à confirmação de um caso na Rua José de Arruda Meyer na semana passada.

A secretária disse que, se houver confirmação de casos da doença em outras regiões da cidade, os serviços de combate aos mosquitos não serão realizados devido à falta do produto. Atendendo à recomendação da Sucen, as equipes de agentes comunitários e de Controle de Endemias deverão focar ações no combate aos criadouros e na aplicação de larvicida em locais que possam acumular água e se tornar focos de proliferação do mosquito.

Daniele destacou que a situação é alarmante, tornando muito importante a participação da população no combate aos criadouros. “Vamos intensificar as ações de combate aos focos e de remoção de criadouros. Agora é fundamental participação da população para evitar mais vítimas no município, que está em uma região com várias cidades em situação de epidemia”, enfatizou.

A secretária disse que o governo está trabalhando para regularizar o fornecimento do inseticida, ou para encontrar produto substituto com a mesma eficácia do malathion. “Mas isso só deve ocorre a partir de junho. Então, o combate aos criadouros pela Prefeitura e pela população é importantíssimo no momento”, finalizou.

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Cláudio Pissolito

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