As investigações sobre a identidade do corpo encontrado em um canavial na zona rural de Assis continuam. Nesta terça-feira, 13 de agosto, Gemina Nascimento, prima de Rogério dos Santos, de 47 anos, residente em Florínea, informou que se dirigirá ao Instituto Médico Legal (IML) para tentar reconhecer a vítima, que acredita ser seu parente.
Embora a Polícia Civil ainda não tenha confirmado a identidade do corpo, Gemina relatou que todas as evidências indicam que se trata de seu primo. “Ele morava sozinho e tinha dois cachorros, que estavam sendo cuidados por um vizinho. Ele tinha problemas com drogas, e há grandes chances de ser ele. Quando percebemos seu desaparecimento, registramos o ocorrido na polícia”, afirmou.
Gemina explicou que entrou em contato com o IML, mas a identificação não pôde ser confirmada apenas com base nos documentos encontrados próximos ao corpo. “Estamos certos de que é ele; todos os detalhes coincidem. Ele costumava ir a Assis buscar drogas de bicicleta, passando por Frutal do Campo. Acreditamos que ele tenha parado no canavial para usar drogas e acabou passando mal, sem ninguém para socorrê-lo.”
Ela destacou ainda que a mãe de Rogério faleceu há quatro meses. “Ela morava com minha mãe e, após sua morte, ele ficou ainda mais abalado, o que agravou sua situação.”
Rogério não tem mãe, pai ou filhos, o que dificulta a identificação do corpo. No entanto, familiares próximos irão ao IML para fornecer amostras de DNA, na esperança de confirmar a identidade.
Investigação Policial
O delegado André Eustáquio Fonseca, responsável pelo caso, explicou que a identificação exata ainda não foi possível devido ao avançado estado de decomposição do corpo, o que impossibilitou o reconhecimento visual imediato. “Suspeitamos que o cadáver seja de um homem de Florínea que está desaparecido, mas não podemos confirmar até que os exames sejam concluídos”, declarou.
Conforme informações apuradas, ainda não foi possível determinar a causa da morte devido ao estado avançado de decomposição, que deixou o corpo praticamente reduzido a ossos. A falta de material para análise complica ainda mais o processo de identificação e a determinação da causa da morte.
A confirmação definitiva da identidade da vítima dependerá dos exames realizados pelo IML. “Os exames do IML, incluindo a análise da causa da morte, não têm um prazo específico para conclusão. A identificação completa pode levar alguns meses”, acrescentou o delegado.
O caso
Na manhã de segunda-feira, 12 de agosto, trabalhadores de uma usina na zona rural de Assis encontraram um cadáver em avançado estado de decomposição durante a colheita da cana-de-açúcar. O corpo foi descoberto após os funcionários notarem uma bicicleta que havia sido atropelada por uma colheitadeira.
Fonte: AssisCity