O governador João Doria e o secretário da Segurança Pública, General João Camilo Pires de Campos, autorizaram a abertura de concurso público para o provimento de cargos na Polícia Civil. A previsão é de que sejam contratados 250 delegados de polícia, 900 investigadores, 1.600 escrivães e 189 médicos legistas. A previsão é que o concurso seja aberto no próximo ano, de acordo com publicação do Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (04/06).
“Hoje estamos autorizando a contratação de quase 3 mil policiais civis. A ação é parte da nossa política de segurança pública, que vai transformar a Polícia de São Paulo na mais bem preparada do país. Investimos em equipamentos, treinamento e no reforço do nosso contingente de policiamento e investigação”, explicou Doria.
A formação dos policiais na Academia de Polícia “Dr. Coriolano Nogueira Cobra” (Acadepol) tem a duração de aproximadamente quatro meses, contando com o estágio feito nas unidades policiais. Após a formação eles são distribuídos para todo o Estado. Para reforçar o efetivo da polícia Técnico-Científica, 66 futuros policiais estão em formação na academia, entre eles 22 fotógrafos técnicos-periciais, 10 médicos legistas e 33 peritos.
Há ainda concursos em andamento para preencher 2.750 vagas para a Polícia Civil. São 250 vagas para delegados, 600 investigadores, 800 para escrivães, 300 agentes de telecomunicações e 200 papiloscopistas, 400 agentes policiais e 200 auxiliares de papiloscopistas.
DEFASAGEM
O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) aponta que a corporação tem uma defasagem de mais de 14 mil cargos vagos. Os dados, atualizados até 31 de maio, apontam que 33,63% dos cargos previstos em lei estão vagos. Somente nos últimos 12 meses, 1.501 profissionais deixaram a corporação. A situação chegou a um estágio tão alarmante que, de um mês para o outro, 237 policiais deixaram seus cargos.
Quando analisados os dados específicos das carreiras, o déficit é de 831 delegados de polícia. Ou seja, 23,99% das vagas previstas para o cargo não estão preenchidas. Somente no mês passado, a população deixou de contar com o trabalho de 36 delegados, 58 escrivães, 48 investigadores, 26 agentes policiais, 12 agentes de telecomunicação, 7 papiloscopistas, 3 auxiliares de papiloscopista, 8 médicos legistas, 5 atendentes de necrotério, 18 peritos e 13 fotógrafos e 3 desenhistas.