Jovens na violência

“…a cultura da violência prevalece sobre a da paz e da boa convivência.”

 

A trágica morte de um jovem de apenas 21 anos dentro de um bar em plena madrugada é o retrato triste que uma realidade que preocupa bastante e, de forma recorrente, enluta muitas famílias numa sucessão de acontecimentos cada vez mais comuns em nosso meio social. Os fatos do cotidiano recente, antes marcado por rápidas confusões e pequenas desavenças entre jovens, que se desfaziam no dia seguinte, estão sendo agravadas pelas atitudes violentas levados às últimas consequencias. Mesmo com mais escolaridade, com melhor condição de vida e muito mais informação, nossa sociedade mantém o atraso de décadas pela barbárie inconsequente.

Paralelamente à violência causada pelos desentendimentos mais variados, outras hordas de jovens se envolvem em crimes de agressão, homicídio, furto, roubo, estelionato e estupro.
Essa grave constatação indica a necessidade de uma ação efetiva para modificar a triste e quase macabra realidade que deixa filhos órfãos, viúvas precoces, mães e pais desesperados e irmãos aflitos pela sede de vingança, criando assim o círculo negativo nas relações entre as pessoas transformadas em desafetos. Desta forma, a cultura da violência prevalece sobre a da paz e da boa convivência.

Quem acompanha o noticiário do JC, que abrange pequenas cidades da região, pode constatar que a violência e a criminalidade estão sendo banalizadas e cooptando pessoas na mais tenra idade, como adolescentes e jovens envolvidos em situações delituosas graves ou adultos que fazem o recrutamento de menores para a prática de crimes. Entretanto, não é apenas a criminalidade que leva à violência e ao crime, pois a falta de perspectiva profissional ou de esperança de uma vida digna também são fatores de desagregação social e dos descaminhos de muitos jovens com enormes capacidades produtivas e intelectuais.

Para que a novas gerações não se percam na desesperança, não optem pela violência e não pratiquem o crime, são necessárias medidas efetivas dos governos pela inclusão verdadeira no meio estudantil e profissionalizante, para que todos possam almejar um futuro melhor graças à capacitação escolar, cultural e de mais aceitação social pela redução das diferenças e das injustiças. Afinal, se os governos existem para reduzir as dificuldades, corrigir as distorções e aproximar as classes sociais por meio da oferta de serviços de qualidade a todos os brasileiros, há muito tempo estão faltando ações efetivas dos nossos governantes.

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Cláudio Pissolito

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