A empresa, instituição vencedora que teve de enfrentar a concorrência, a competitividade, a mutação dos hábitos e costumes, nem sempre com incentivos ou mamando no Erário, precisa adotar outras táticas de funcionamento para sobreviverem no século 21.
Tudo precisa ser mais ágil, mais racional, mais eficiente e mais rápido. O modelo operacional de plataforma resultou da rede da digitalização e a novidade da 4ª Revolução Industrial é que hoje as plataformas não são apenas digitais, mas globais, vinculadas ao mundo físico.
Uma tendência irrecusável é o interesse do cliente em dispor de tudo aquilo que facilita a sua vida ou lhe traz prazer, sem assumir encargos resultantes de tais opções. Para ser mais claro: há quem goste de ler, mas não tem espaço para uma biblioteca na redução da área física dos lares modernos, com a extinção das domésticas. Ou quem não pode viver sem música, mas não quer uma discoteca. Até mesmo quem não dispensa locomover-se de carro, mas não quer um veículo em sua garagem, com as obrigações de pagamento de IPVA, manutenção, abastecimento, etc. etc.
Pensando nisso, muitas empresas que forneciam produtos passaram a oferecer serviços. Hoje é viável o acesso digital a bilhões de livros por meio da KindleStore da Amazon. Ouvir quase todas as músicas do mundo pelo Spotify. Associar-se a uma empresa de compartilhamento de carros que fornece mobilidade sem a necessidade de possuir um veículo.
É poderosa essa mudança e permite o surgimento de modelos econômicos mais transparentes e sustentáveis de troca de valores. Para isso, é preciso investir em talentos. Aquela pessoa considerada “louca”, talvez seja a mais preciosa para inventar novas estratégias de atender a necessidades do cliente, do que o primeiro aluno da classe, cuja distinção adveio de fabulosa capacidade mnemônica. Decorou tudo o que foi transmitido a ele na escola. Mas é incapaz de um pensamento criativo. Ser desbotado e sem imaginação. Continuará um burocrata e não terá sequer condição de chegar a uma conclusão a respeito de seu insucesso profissional. O mundo exige outras competências e quem não se apercebeu disso, continuará a se acreditar um injustiçado.