Médico capixaba sofre infarto durante ajuda às vítimas do RS e está em estado vegetativo

O médico anestesista Walter José Roberte Borges, natural de Linhares, no Espírito Santo, sofreu um infarto em Pelotas, Rio Grande do Sul, enquanto estava na cidade para ajudar vítimas das enchentes. Após ser encontrado desacordado em um banheiro, ele foi diagnosticado em estado vegetativo devido a lesões cerebrais decorrentes do período sem oxigenação.

Desde o infarto, ocorrido durante uma cirurgia na última segunda-feira (20/05), Borges está internado na UTI de um hospital em Pelotas. Enquanto a equipe médica local considera que uma transferência não traria melhorias significativas, a família busca autorização para levá-lo de volta ao Espírito Santo, onde reside e tem apoio dos parentes.

Porém, devido ao fato de Walter ser paciente do SUS, a logística do translado depende da autorização do hospital gaúcho. A Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo, por sua vez, já se manifestou a favor do processo.

O médico é dono de uma clínica com a esposa, Daianny Coimbra Ulhoa, que é dentista, e tem dois filhos pequenos, de 8 e 12 anos. Ele possui inscrições ativas para a função nos conselhos regionais de Medicina de Mato Grosso e São Paulo. No Espírito Santo, seu primeiro registro é de 2017.

Borges sofreu o infarto no dia 20 de maio e tem recebido o tratamento em Pelotas enquanto a família tenta levá-lo de volta ao Espírito Santo. Seu cunhado, Herike Assis, afirma que ele não tem problemas de saúde, apesar de ser fumante.

O médico anestesista Walter José Roberte Borges e a esposa, a dentista Daianny. Foto: Reprodução

Na última segunda, Walter fazia uma cirurgia no Hospital Universitário de Pelotas e deixou a sala no meio do procedimento. Ele foi encontrado por outros profissionais já desacordado dentro de um banheiro. O cunhado afirma que ele passou mais de 8 minutos sem oxigenação e foi diagnosticado com algumas lesões cerebrais.

O médico não possui plano de saúde e depende de uma autorização do SUS para ser levado de volta ao seu estado. Assis diz que o setor público tem que seguir uma série de procedimentos para garantir uma transferência segura e que a movimentação não pode ser feita por meio da iniciativa privada, já que ele está internado em um hospital público.

A luta para conseguir enviá-lo ao Espírito Santo se dá porque o hospital onde está internado não possui equipamento de ressonância para avaliar os danos decorrentes do infarto. O cunhado afirma que, além de querer aprofundar os exames, prefere levá-lo ao estado para que possa ser acompanhado de perto pela família.

Fonte: DCM

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