Multas por queimadas aumentam mais de 460% na região de Marília entre 2023 e 2024

Dados do Governo do Estado de São Paulo e da Operação São Paulo Sem Fogo mostraram que a quantidade de multas aplicadas pela Polícia Ambiental por queimadas na região de Marília (SP), que inclui Palmital e os municípios da Comarca, aumentou 468% em 2024 em comparação com 2023. Entre janeiro e 11 de novembro de 2024, foram emitidas 125 autuações, contra 22 no mesmo período do ano anterior.

Em entrevista à TV TEM, o tenente Lopes, da Polícia Militar Ambiental, explicou que as condições climáticas mais severas, como calor intenso, pouca chuva e aumento dos ventos, agravaram o cenário, principalmente entre os meses de maio e outubro.

“Esses fatores contribuíram para o aumento das ocorrências. Por outro lado, houve intensificação da fiscalização, o que resultou em mais autuações impostas”, explicou o tenente.

A Operação São Paulo Sem Fogo, realizada ao longo de 2024, utiliza imagens de satélite como ferramenta principal para monitorar 100% dos focos de incêndio no estado.

“Com o recebimento de denúncias e a análise de imagens de satélite, conseguimos identificar os locais atingidos. Em seguida, uma equipe é enviada para mensurar a área afetada, identificar a vegetação atingida e responsabilizar os autores”, detalhou Lopes.

Dependendo da área atingida, um único incêndio pode gerar diversas autuações. A vegetação nativa em estágio avançado, por exemplo, eleva o valor das multas.

“Se o incêndio atinge uma vegetação ativa, como o Bosque de Marília, a multa pode duplicar ou até triplicar”, ressaltou o tenente.

Ocorrências e negligência

Embora não tenham sido constatados incêndios criminosos, muitas ocorrências estão relacionadas a omissão, negligência ou imperícia.

Entre os exemplos, estão os causados por problemas na rede elétrica, maquinário agrícola que provocou fogo de forma não intencional e até chamas em lixo doméstico que acabaram se alastrando.

O tenente Lopes explica que a Polícia Ambiental já começou a autuar em 2025, ano que também promete condições climáticas adversas.

“O objetivo é identificar os responsáveis e aplicar as punições cabíveis, especialmente em áreas de vegetação nativa, que levam anos ou décadas para se recuperar”, concluiu.

Fonte: g1

Chamas atingiram unidade de preservação em Pompeia — Foto: Sarah Bonini/TV TEM

Chamas atingiram unidade de preservação em Pompeia — Foto: Sarah Bonini/TV TEM

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