O feriado, o turismo e o progresso

É dito e sabido que todas as cidades do Vale do Paranapanema sofreram redução da população há cerca de 50 anos, quando, no início da década de 1970, uma grande geada dizimou os cafezais exatamente no período que as culturas mecanizadas de grãos estavam se iniciando.

Os dois fenômenos, meteorológico e econômico, se somaram para produzir o grande êxodo rural com a migração de muitas famílias de colonos e pequenos sitiantes para os grandes centros urbanos, como São Paulo, Osasco e Sorocaba, o que causou mudança radical no perfil agrícola e fundiário da região.

Em Palmital e nos municípios da Comarca e da região não foi diferente, causando a divisão de muitas famílias, o crescimento das zonas urbanas e mudanças no comércio e na atividade agrícola, cada vez mais utilizando as máquinas e a tecnologia e cada vez menos ocupando o trabalho braçal, o que também causou o êxodo de trabalhadores de menor qualificação.

O grande número de famílias que deixou as cidades da região e seus descendentes mantiveram contato permanente com suas raízes e influenciaram até a política municipal, com campanhas e comícios de candidatos realizados em bairros de Osasco, onde havia grande número de eleitores.

“…é preciso oferecer as condições que as pessoas mais exigentes e de melhores condições sociais, econômicas e financeiras estão buscando.”

Passados 50 anos, ainda é perceptível o aumento do número de visitantes em Palmital nos feriados prolongados, muitos deles com desejo de retornar à cidade natal e viver próximos de parentes e amigos, o que pode ser uma forma de incentivo à economia da cidade e de aumento da população.

Os grandes eventos, como as festa de Santos Reis e do Peão, são atrativos para o turismo dos nativos, mas para que a cidade receba mais visitantes e moradores e tenha aquecimento da economia, é preciso oferecer as condições que as pessoas mais exigentes e de melhores condições sociais, econômicas e financeiras estão buscando.

Entre os investimentos necessários para tornar Palmital e as cidades da região atrativas para novos moradores estão incluídos a melhoria da segurança pública, da infraestrutura urbana e rural, a criação e a manutenção adequada de praças e jardins, a arborização urbana, a oferta de moradias e a otimização dos serviços de saúde, principalmente para idosos.

Assim, pode-se incentivar os turistas dos feriados a se tornarem moradores permanentes, fazer investimentos e serem incluídos na comunidade como partícipes da atividade econômica do município.

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Cláudio Pissolito

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