O plano do Governo de São Paulo de vender 35 áreas de pesquisa agropecuária e fazendas experimentais em 24 cidades, causou forte reação da comunidade científica preocupada com a perda do trabalho realizado pela melhoria da agricultura, de proteção ambiental e até de previsão meteorológica.
Um das áreas incluídas no pacote de “privatização”, que pretende arrecadar recursos para outros setores da administração estadual, é o Horto Florestal de Sussuí, um paraíso ambiental, abrigo de águas puras e de beleza natural que poucos conhecem.
Para quem não sabe, incluindo alguns políticos que dizem defender o vilarejo de Sussuí, a área já foi propriedade da antiga Estrada de Ferro Sorocabana e hoje pertence ao Instituto Florestal do Estado, sob administração da SAA – Secretaria de Agricultura e Abastecimento -, pela Apta Regional de Assis, como unidade de pesquisa.
A finalidade é desenvolver pesquisas e transferir tecnologia para o agronegócio, pela melhoria da produtividade e da qualidade da produção agrícola e pecuária.
“…paraíso ambiental, abrigo de águas puras e de beleza natural que poucos conhecem.”
A mesma área já serviu para plantio de eucalipto para lenha, depois de estação experimental para desenvolvimento da espécie e hoje abriga uma pequena floresta de mata atlântica, de muita importância ecológica para a região como berçário da biodiversidade que detém várias espécies de plantas, animais e microrganismos que podem ser objeto de estudo para melhoria da agricultura.
No Horto Florestal de Sussuí nasce a Água dos Soares, contribuinte da Água da Fartura, na rica bacia do rio Pary Veado, afluente do Paranapanema, onde também existe uma pedreira, de apelo turístico, e uma estação meteorológica que faz a coleta de dados e fornece informações para a previsão do tempo e estudos climáticos.
Para mais bem exemplificar, o Horto Florestal de Sussuí tem cerca de quatro alqueires de área de mata, ou 30 alqueires de área total, de valor insignificante para o orçamento estadual, provavelmente muito mais barato que o burocrático custo do processo de alienação, mas de enorme importância para a agricultura do Médio Vale do Paranapanema.
Para Palmital, o Horto Florestal representa uma das poucas reserva de mata atlântica remanescente, muito importante ao abrigar nascente de riacho, boa área de mata ciliar e de beleza ímpar, mas ainda desconhecido da população que pode usufruir do espaço para lazer e que deve defender essa riqueza natural do município.
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