O Dia Internacional do Trabalho é uma efeméride comemorativa dedicada aos trabalhadores, celebrada anualmente no dia 1º de maio na maioria dos países, muitos deles guardando feriado diante da importância da data para valorização do esforço humano pelo desenvolvimento material.
A origem está no 1º de maio de 1886, nos Estados Unidos, quando uma greve iniciada em Chicago reivindicou melhores condições de trabalho e a redução para 8 horas da jornada de trabalho diária, que na época chegava a 17 horas.
A manifestação foi reprimida com prisões e mortes de trabalhadores, em acontecimento histórico que inspirou muitas outras iniciativas semelhantes, reunindo principalmente as mulheres, e que redundaram na conquista de direitos negados à classe operária dos EUA e de muitos países.
Desde então, a data comemora a luta do trabalho frente ao capital, simbolizando o direito dos trabalhadores à dignidade, ao descanso, ao lazer, à remuneração adequada e à participação nos resultados dos esforços coletivos como meio de atingir a sonhada e sempre prometida justiça social.
“…cultura da manutenção do trabalhador como classe dependente da oferta do emprego…”
O grande passo que representa a criação do Dia do Trabalho se contrapõe à lentidão com que se faz a ascensão dos trabalhadores já escravizados, depois transformados em colonos e finalmente empregados, funcionários ou colaboradores, mas ainda mantidos como cidadãos de categoria inferior aos detentores do capital que remunera a mão de obra.
A cultura da manutenção do trabalhador como classe dependente da oferta do emprego pelos patrões perpetua a ideia da subserviência e da gratidão aos que controlam a economia pelo domínio do capital, sempre muito mais valorizado e rentável do que qualquer esforço físico ou mental de quem trabalha.
Responsável direto pela produção que gera riquezas e lucros, o trabalhador ainda é exigido na produtividade e na qualidade e considerado como engrenagem mais vulnerável e menos importante do sistema capitalista que utiliza o esforço de muitos para o conforto de poucos.
A prova mais cabal de que o trabalho subserviente e agradecido serve para aprofundar a desigualdade social reside na nefasta estatística que mostra apenas 10% da população controlando 76% da riqueza global, enquanto os 50% mais pobres possuem apenas 2%, e que 1% da população pode ter mais riqueza do que os 99% restantes, provando que o 1º de maio ainda não atingiu seus objetivos.
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