O oficial da Polícia Militar, Nilson Fernandes Sena Junior, 43 anos, que matou serviço para participar de uma festa em plena pandemia no fim de semana, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva na segunda-feira (29/06), em audiência de custódia realizada no Fórum de Campo Grande. A decisão é do juiz Alexandre Antunes da Silva.
Flagrado em uma festa em Bataguassu, o tenente que era comandante da Polícia Militar de Anaurilândia, tentou impedir os colegas de corporação de encerrarem uma confraternização e acabou preso por desacato. Ele foi trazido para a Corregedoria da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e na sequência transferido para o Presídio Militar.
“Sua atitude em momento de pandemia, em que a Polícia Militar é comumente acionada para contenção deste tipo de evento, autoriza a decretação da prisão preventiva para manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina militares, que ficam ameaçados com a liberdade do indiciado ou acusado”, despachou o juiz.
CASO
Os policiais militares que estavam de plantão receberam denúncias de que na “Chácara do Marquinhos Cambalhota”, localizada na Estrada do Uere, zona rural do município, ocorria festa com som alto e aglomeração. Ao chegarem no local, encontraram o tenente Nilson Fernandes Sena Júnior entre os participantes.
Nervoso, o oficial se indispôs com a guarnição e desacatou os colegas, que ainda assim encerraram a festa e prenderam os organizadores por infração a medida sanitária em virtude as restrições em vigor devido a pandemia do novo coronavírus (covid-19). Indagado se havia bebido, o policial respondeu que havia tomado dois copos de cerveja. O tenente foi autuado por crime contra o serviço e o dever militar, abandono de posto e de outros crimes, como embriaguez durante o serviço.
Fonte: Campo Grande News