“…os animais agora desempenham papeis mais relevantes na relação com os humanos…”
Historicamente, a relação entre os humanos e os animais é multifacetada, iniciada com a domesticação para fins de trabalho, transporte e guarda, passando pelo companheirismo, chegando à exploração econômica e até à necessidade de proteção e conservação.
Ao longo do tempo, na relação entre animais racionais e irracionais, constata-se a rápida evolução nas mudanças comportamentais, psicológicas, fisiológicas e de saúde que causam mais aproximação pela domesticação voltada para a companhia, com os cães e gatos, e menos para alimentação e trabalho, com as ovelhas, vacas, porcos e cavalos.
A evolução da civilização, da agricultura, do comércio e da sociedade passa necessariamente pela relação estreita do homem com os animais, que sempre serviram de suporte para diversas atividades e como fontes de proteína que garante a alimentação mais completa.
Entretanto, a domesticação para a guarda e alimentação, principalmente dos cães e das aves, surgiram as espécies domésticas que convivem em certa harmonia e forma também o companheirismo e o vínculo afetivo que os fazem membros das famílias que os tutelam para suas necessidades materiais e que desenvolvem conexões emocionais.
Antes companheiros apenas de pessoas isoladas, sem famílias ou necessitadas de proteção e alimentos, os animais agora desempenham papeis mais relevantes na relação com os humanos, que apresentam até mesmo dependência emocional dos seres irracionais.
Para tanto, é preciso adequar os animais à realidade da vida comunitária, cada vez mais complexa, tornando-os extremamente obedientes e absolutamente dependentes de seus tutores que lhes garantem alimentação, saúde, higiene e proteção de forma artificial, muito diferentes de seus instintos naturais.
Cães e gatos são obrigados a viver em confinamento, em espaços muito menores do que suas energias exigem, são treinados a controlar suas necessidades fisiológicas, recebem alimentos industrializados, que modificam suas estruturas biológicas, e são mutilados com castração química ou física, que alteram seus hormônios e suas reações naturais.
As mudanças na fisiologia e no comportamento dos animais são causadoras de patologias onerosas, transformando-os em seres frágeis, irritados, dependentes e também muito custosos para muitos de seus tutores que os abandonam e obrigam o poder público, mantido pela sociedade, a arcar com mais um ônus dividido entre todos os cidadãos.
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