PCC transforma bairro em palco de execuções brutais com cabeça exposta em praça pública

No Tatuapé, bairro na zona leste de São Paulo, execuções ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC) têm causado terror. Em um dos episódios mais chocantes, a cabeça de um homem decapitado foi exposta em uma praça pública, acompanhada de um bilhete explicando o motivo do assassinato. Nos últimos seis anos, pelo menos sete mortes na região foram atribuídas à facção criminosa, incluindo a de Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, um dos líderes do PCC, e de seu motorista, Sem Sangue, ambos executados a tiros em 2021.

A região, com sua expansão imobiliária de luxo, tornou-se um reduto estratégico para a lavagem de dinheiro da facção. Imóveis caros atraem criminosos que buscam se aproximar de empresários e comerciantes que facilitam suas operações. Além disso, o local oferece uma conexão simbólica com o território da organização criminosa, permitindo que os líderes mantenham suas atividades em áreas conhecidas enquanto desfrutam de um status social elevado. Segundo especialistas, essa proximidade com bairros ricos e emergentes como Anália Franco reforça os laços entre o crime organizado e o mercado imobiliário.

As investigações apontam que o poder do PCC no Tatuapé está profundamente enraizado na região, com casos de retaliação sangrenta e uso de tribunais do crime para eliminar aliados ou desafetos. A Polícia Civil e o Gaeco identificaram estratégias da facção para se infiltrar em setores econômicos, enquanto a violência extrema, como enforcamentos e emboscadas, continua sendo uma forma de controle.

Fonte: DCM

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Cláudio Pissolito

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