O comerciante Placídio Messias Filho, o Placidinho, morreu na madrugada desta segunda-feira (21/11) aos 71 anos. O proprietário do Supermercado Palmital foi figura importante na política, cumprindo um mandato como vice-prefeito, e na sociedade local, tanto pelas ações humanitárias quanto pelo trabalho em prol da comunidade católica, conquistando o respeito e a admiração da população. Após passar por uma cirurgia no aparelho digestivo, ele sofreu grave infecção e problemas cardíacos, indo a óbito por volta das 5 horas na UTI da Santa Casa de Assis.
Placidinho era neto de Manoel Messias Filho, um dos desbravadores que chegou ao Vale Paranapanema no final do século XIX e foi um dos pioneiros de Palmital. Ele nasceu em 24 de abril de 1951, filho do casal Placídio Messias e Clotilde Rett Messias, a Dona Tide. Com uma trajetória de empreendedorismo que contribuiu para o desenvolvimento do município, era uma comerciante que sempre estava no setor de atendimento do supermercado para acolher e conversar com os clientes, cuja maioria sabia o nome e conhecia toda a família.
Depois de concluir a educação básica e o curso Normal (Magistério), Placidinho tornou-se professor aos 17 anos na década de 1960. Posteriormente, cursou a Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Penápolis, além de Biologia e Matemática na Universidade do Sagrado Coração, em Bauru. Posteriormente, estudou Ciências Econômicas pela Universidade de Marília (Unimar).
Após atuar nas escolas Adalgisa e J. J. Bittencourt, ele se tornou professor efetivo de Ciências Físicas e Biológicas na Horácio da Silva Leite. Placidinho assumiu em 1975 a gerência do Supermercado Palmital, estabelecimento foi pioneiro no sistema “pegue e pague” na cidade. Posteriormente, a empresa passou por processo de transformação e crescimento. Nos últimos anos, o comerciante comandou a modernização e ampliação da loja, que ganhou o restaurante Dona Tide.
Casado desde 1977 com a professora Márcia Nascimento Garcia Messias, filha do ex-prefeito Eloy Atanis Garcia, Placidinho teve os filhos Larissa e Adriano, que atua na administração do Supermercado Palmital. O comerciante foi atuante na comunidade católica de Palmital e integrou diversos movimentos.
Placidinho foi vice-prefeito entre 2001 e 2004, trabalhando por muitas conquistas para Palmital. Ele auxiliou o prefeito Beto Leão, que era seu primo, na construção e na implantação de projetos importantes no município. O comerciante disputou ainda o comando da Prefeitura, tendo a ex-prefeita Marilena Tronco como vice.
Placidinho foi diretor do Rotary Club, do Asilo São Vicente de Paulo e do Sindicato do Comércio Varejista (Sincomercio), além de vice-presidente da Santa Casa de Misericórdia. Foi fundador da Rede 20 de Supermercados e ocupou cargos de direção em entidades estaduais de varejo. Comandou a Associação de Rodeio e Hípica de Palmital, tendo organizado seis edições da Festa do Peão e da Fapip (1993 a 1998).
O prefeito Luis Gustavo Mendes Moraes decretou na manhã desta segunda-feira (21/11) Luto Oficial de três dias. “Empresário muito querido pela comunidade local e que por anos contribuiu para o desenvolvimento econômico e social do município, através da geração de emprego e renda, ocupando, portanto, uma posição de destaque e merecido reconhecimento. A Administração Municipal, juntamente com toda a comunidade palmitalense, transmitem os profundos sentimentos de pesar aos familiares”, diz a nota do chefe do Executivo.
O corpo de Placidinho, conforme a Funerária Santa Terezinha, foi levado por volta das 11 horas desta segunda-feira (21/11) para o velório no plenário da Câmara Municipal. O cortejo deve sair às 17h30 para o sepultamento no Cemitério Municipal de Palmital, onde familiares e amigos deverão prestar as últimas homenagens ao comerciante.
Confira mais detalhes na versão impressa do JC
