Prefeitos do futuro

Em passado distante, uma das promessas comuns da maioria dos candidatos a prefeito de pequenas cidades era a construção de um aeroporto, numa época em que não havia sequer rodoviárias e os pontos de ônibus eram bares movimentados no centro das cidades.

Em Palmital não era diferente, pois basta consultar jornais antigos, entre os anos de 1950 e 1970, para encontrar o transporte aeroviário nos planos de governo publicados com destaque por aqueles que almejavam o comando da administração pública municipal.

Na era da tecnologia, quando a chamada Inteligência Artificial domina grande parte da comunicação e os eleitores estão mais conscientes e realistas, as promessas mirabolantes ou impossíveis já não servem para conquistar a admiração e muito menos a simpatia daqueles que vão às urnas.

Com mais escolaridade, um número maior com curso superior e mais bem informados pelas diversas plataformas disponíveis, os eleitores apostam mais na capacidade individual do candidato do que em promessas vazias ou sonhos vendidos como possíveis.

“…planos de governo dos candidatos devem necessariamente observar com clareza a realidade das cidades…”

Os planos de governo dos candidatos devem necessariamente observar com clareza a realidade das cidades que, invariavelmente, estão sofrendo as consequências da falta de segurança, do mal atendimento na área da saúde e as questões ambientais que ainda se resumem à oferta de água potável, melhor administração da arborização urbana e risco de enchentes.

Diferente das expectativas da população, as medidas para atender estas demandas não passam necessariamente pelo aumento do policiamento, pela construção de hospitais e postos de saúde e muito menos por mais galerias pluviais, mas sim por ações efetivas de efeitos a longo prazo.

A segurança das cidades passa necessariamente pela melhoria da educação, pelo combate ao vício das drogas e por mais empregos e programas de conscientização da cidadania, enquanto a saúde precisa de cumprimento dos agendamentos e de humanização e respeito aos pacientes.

A questão ambiental, de arborização, combate a enchentes e oferta de água será enfrentada pela mudança no perfil urbano, com mais áreas de infiltração, mais respeito e espaço para as árvores e o reaproveitamento e redução no consumo residencial e industrial de água, em medidas que só serão implementadas com coragem e capacidade de entendimento das novas realidades pelos prefeitos do futuro que, em vez de vender sonhos, devem oferecer a realidade.

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Cláudio Pissolito

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