“…os muitos pretendentes tem como obrigação provar ao eleitorado que também existe qualidade…”
Terminado o período para as convenções dos partidos e oficialização dos candidatos, dos seis pretendentes ao executivo cinco foram homologados e devem proceder o registro junto à Justiça Eleitoral. Caso todos sejam considerados aptos, o que é provável, o eleitorado de Palmital terá pela primeira vez um número elevado de opções, já que a tradição da cidade é de apenas dois grupos disputando a prefeitura, com raras exceções. Uma vez ocorreu em 1982, quando quatro candidatos foram registrados e três concorreram de fato, e outra em 1992, quando três entraram na disputa que elegeu Marilena Tronco a primeira mulher prefeita na região.
Mais do que quantidade, os muitos pretendentes tem como obrigação provar ao eleitorado que também existe qualidade, pois os substantivos não são sinônimos. Em vez das campanhas de desconstrução, raiva, ódio e vingança, é preciso que o conteúdo seja de propostas, inovação, ideias e projetos viáveis que possam ser cobrados pelos eleitores. Para isso, é importante que cada um produza um Plano de Governo completo e distribua entre os eleitores para uma avaliação criteriosa.
Com a notável ferramenta das redes sociais, que abre canal amplo e direto com a população, os candidatos podem se apresentar, expor planos e assumir compromissos com o eleitorado como forma de convencimento ao voto, assumindo assim publicamente a responsabilidade de cumpri-los fielmente. Sem meios termos, desculpas ou promessas inviáveis, haverá mais participação dos eleitores nas campanhas diferentes, muito limitadas pela pandemia do Novo Coronavírus que impede o contato direto devido à necessidade do distanciamento social. Assim, a força da palavra e a viabilidade da proposta devem fazer a diferença.
Com grande número de candidatos a vereador, também é possível ao eleitorado fazer escolhas mais conscientes, optar pela renovação e distinguir o joio do trigo, pois aquelas táticas antigas de se aparecer na última hora, de se tornar estrela nas desavenças e se eleger com votos de terceiros já são muito conhecidas e pouco aceitas pela maioria que, cada vez mais, clama por renovação, não necessariamente de pessoas, mas sim de práticas, ideias e realizações. É bom observar que existem candidatos independentes, vários deles por opção e outros que ficaram no meio do caminho, sem capacidade sequer para compor um grupo, o que pode ser considerado como negação da essência da política.